O geneticista do Centro de Especialidades Médicas da Criança e do Adolescente, (Cemca), Emerson Santana, participou de uma reunião na tarde desta quarta-feira, 13, para falar com a equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde sobre a Microcefalia. O objetivo foi alinhar os protocolos dos casos de Microcefalia, definindo novas estratégias de ações para, posteriormente, discutir com os profissionais da SMS através de capacitações. A reunião contou com a participação da diretora de Vigilância em Saúde, Tereza Cristina Maynard, a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Raulinna Gomes, o coordenador da Rede de Atenção Primária (Reap), Murillo Oliveira, o coordenador da Rede de Atenção Especializada (Reae), José Soares e a coordenadora em exercício da Comissão de Monitoramento dos Casos de Microcefalia em Aracaju, Milena Coelho.
De acordo com o geneticista do Cemca, Emerson Santana, é preciso trocar ideias e experiências sobre essa doença que ainda traz tanta preocupação. “É preciso estarmos sempre nos atualizando sobre o assunto, porque o próprio Ministério da Saúde vem atualizando o protocolo dos casos da doença a cada semana, então, estamos revisando esse protocolo, revendo alguns conceitos e planejando estratégias de atuação com os profissionais. A partir disso, queremos capacitar os profissionais da atenção básica e atenção especializada, ou seja, todos aqueles que vão está lidando com essas crianças”, destacou o geneticista salientando que a ideia é capacitar, primeiramente, os pediatras e os profissionais da enfermagem que acompanham o puerpério das mães e dos recém-nascidos.
Para o coordenador da Reae, José Soares, como essa doença ainda é um caso novo, todos estão um pouco sem conhecer detalhadamente sobre a Microcefalia. “É importante que o geneticista da nossa rede passe orientações para que a gente possa entender melhor a questão dessa doença que ainda gera dúvidas. Todos nós queremos fazer o melhor para atender esses pacientes, mas também precisamos saber detalhes dessa doença. Por isso, será montado grupos de capacitações para nossos profissionais de saúde para que o atendimento e a qualidade de vida das mães e dos bebês com Microcefalia seja mais eficaz”, explicou o coordenador.
Atendimento no Cemca
Os tratamentos vinculados à criança com Microcefalia, após o nascimento, acontecem no Centro de Especialidades Médicas da Criança e do Adolescente (Cemca), unidade que funciona em anexo ao Centro de Especialidades Médicas (Cemar) Siqueira Campos. O geneticista Emerson Santana explica que além dele, outros profissionais atendem essas crianças.
“Temos na equipe neuropediatras, assistentes sociais, enfermeiros e a partir do momento que detectamos outras alterações nas crianças, elas são encaminhadas para outro especialista. Tem algumas crianças que acabam tendo pé torto congênito e nós somos referência no tratamento e correção do pé torto, temos o ortopedista pediátrico que também atende. Pelo protocolo do Ministério da Saúde, todas essas crianças precisam fazer ecocardiograma para pesquisar se tem algum defeito cardíaco congênito, e também temos essa especialidade, além de outras como fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional”, finalizou o geneticista.
