Cresce número de atendimentos cirúrgicos nos hospitais municipais

Saúde
19/01/2016 14h13

No último final de semana, os Hospitais Municipais Nestor Piva (zona norte de Aracaju) e Fernando Franco (zona sul) realizaram juntos 1.367 atendimentos, sendo a grande maioria na área clínica. Entretanto, um detalhe vem despertando a atenção dos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde: tem crescido o número de atendimentos cirúrgicos nas duas unidades.

Segundo a gerente do Nestor Piva, Ana Cristina Carvalho de Melo, no “Zona Norte” foram realizados 598 atendimentos clínicos, 91 ortopédicos, 23 odontológicos (através do plantão que funciona 24h no final de semana) e 108 cirúrgicos. Normalmente, o local atende casos de cirúrgicos envolvendo acidentes com moto, mas, ultimamente, outro fator vem chamando a atenção das equipes médicas.

“Através de nossos relatórios, especificamos algumas causas e concluímos que grande parte tem relação direta com o período de férias, pois muitas crianças estão chegando com machucados que requerem intervenções cirúrgicas. Outro ponto visto por nós é referente aos casos de acidentes envolvendo motociclistas. Tem crescido esse índice, o que pode levantar a suposição da falta de atenção com o trânsito”, observou Cristina.

Segundo a gerente interina do Fernando Franco, Maria Joselita Sobral, no “Zona Sul” foram realizados 390 atendimentos clínicos. Já a pediatria pontuou 88 casos, enquanto o quantitativo de cirúrgicos registrou 69 atendimentos.

“Naturalmente vem crescendo a realização de atendimentos cirúrgicos de pequena complexidade. Outra observação que precisamos pontuar, diz respeito ao atendimento básico que prestamos aos pacientes. Muitos casos poderiam ser tratados em uma das 43 Unidades de Saúde da Família distribuídas pela capital, porém, as pessoas continuam usando o atendimento dos Hospitais Municipais para situações simples, o que acaba atrasando o atendimento de casos mais complexos. É preciso que as pessoas frequentem mais as USFs de seus bairros, conheçam os serviços ofertados e façam parte do convívio dos profissionais de saúde da Rede de Atenção Primária”, explicou.