Comissão de Monitoramento dos Casos de Microcefalia visita maternidades

Saúde
21/01/2016 13h53
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Na manhã desta quinta-feira, 21, a Comissão de Monitoramento dos Casos de Microcefalia da Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS) visitou as maternidades Nossa Senhora de Lourdes e Santa Isabel, para buscar, junto aos profissionais, o alinhamento nos protocolos de atendimento nessas unidades. A comissão formada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), também participou das reuniões.

A coordenadora da Comissão Municipal, Milena Coelho, reforçou a importância do diálogo, que vai desde a Comissão Estadual, aos profissionais que trabalham nas maternidades do território de Aracaju. “Isso contribui diretamente para que todos os fluxos, desde a notificação até a assistência, sejam bem organizados, para que a criança percorra todas as redes, de forma que possa ter um cuidado integral”, pontuou.

A coordenadora da Unidade Neonatal da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, informou que, de setembro até agora, foram registrados 74 casos de criança com Microcefalia na unidade. “Quando identificamos o bebê com a anomalia, imediatamente fazemos a notificação e colocamos a equipe de serviço social e psicologia para o apoio nesse primeiro momento. Ao sair da maternidade, esse cuidado continua, e é de responsabilidade da Secretaria de Saúde do município onde a criança está inserida”, ressaltou.

Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Raulinna Gomes, em Aracaju até o momento foram registrados 45 casos de Microcefalia, mas a relação deles com o Zika Vírus ainda não foi confirmada via laboratório. “Estamos aguardando os resultados desses exames para comprovar a relação desses casos com o vírus, mas, independente do agente causador, já montamos diversas estratégias para que a criança identificada com Microcefalia em Aracaju possa ter todo suporte necessário”, afirmou.

Ainda segundo ela, desde o início de janeiro, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através da Rede de Atenção Primária (Reap), colocou à disposição da população nove Unidades de Saúde da Família (USFs) como referência psicológica para atender as gestantes (a partir de 24 semanas de gestação) com diagnóstico de Zika Vírus; as mulheres puérperas (que tiveram bebê há menos de 45 dias), cujos filhos nasceram com Microcefalia e também as gestantes que tiveram os sintomas de Zika ainda sem confirmação, apresentando grau elevado de ansiedade ou sintomas psicopatológicos