SMS participa do II Seminário Municipal de Políticas sobre Drogas

Saúde
25/02/2016 18h58

Durante esta quinta-feira, 25, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) participou do II Seminário Municipal de Políticas sobre Drogas, que acontece até amanhã, 26, no auditório da reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O evento reuniu diversas secretarias da Prefeitura de Aracaju, além de representantes do Governo Federal, do Ministério da Justiça, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de professores e estudantes de universidades.

Um dos palestrantes da tarde de hoje foi o coordenador da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça, Leon Garcia. Segundo ele, o seminário reúne não só a Prefeitura de Aracaju e a Senad, mas também a Universidade Federal de Sergipe. “Queremos trazer também professores da universidade, que vão ajudar a formar os trabalhadores da saúde, da assistência social, da área do trabalho, para pensar como trabalhar melhor com essas pessoas, pois não é fácil trabalhar com esse público. Para fazer um trabalho novo e mais eficiente, é preciso pensar como fazer isso, para não ter uma política que cuida só da saúde, ou só da família ou só da educação, queremos juntar todas essas políticas para atender a necessidade dessas pessoas que usam drogas”, destacou.

De acordo com a referência técnica do comitê do programa “Crack é preciso Vencer”, Laudiane Cláudia dos Santos, o seminário tem a participação de várias secretarias, dos profissionais, estudantes da UFS e dos usuários que fazem o uso de drogas. “O programa que eu atuo aqui em Aaracaju tem o foco na secretaria de defesa social, mas ele é interinstitucional e envolve várias secretarias da prefeitura. Em 2002, criamos um plano municipal de combate ao crack e desse plano nós fizemos a adesão ao projeto Redes, que serve para fortalecer a rede institucional. A partir disso, instituímos os fóruns para todas as secretarias que ofertam o cuidado às pessoas do crack, e através dos fóruns, nós pensamos em realizar esse seminário sobre drogas, trazendo para Aracaju os principais profissionais de referência no Brasil que atuam nessa área. Pensamos em trazer essas pessoas para que a gente qualifique o nosso atendimento e  para pensar novas tecnologias de cuidado, já que é um grande desafio cuidar de moradores de rua que fazem o uso de drogas. Queremos pensar nessas pessoas como seres humanos, pois fazem o uso de drogas, mas são cidadãos”, informou.

O coordenador do Programa de Redução de Danos da SMS, Wagner Mendonça, será mediador de uma mesa redonda amanhã, 25, que falará sobre o movimento das clínicas de álcool e drogas. “Essa foi uma semana intensa na temática de álcool e outras drogas, pois ontem foi inaugurada a Unidade de Acolhimento Adulto, que é uma casa que vai abrigar pessoas em situação de rua que fazem uso de drogas e que são tratadas nos CAPs, e também realizamos o projeto Acolhe Aracaju, que dará oportunidade de geração de renda, cultura, esporte e lazer. E hoje e amanhã estamos reunindo diversos profissionais para que possamos ter conhecimento das realidades e para qualificar as nossas práticas. Esse evento tem pessoas de referência nacional que estão percebendo que Aracaju está num caminho muito bom e que está trazendo bons resultados, pois precisamos compreender que para ter ações mais efetivas é preciso reunir todos esses setores para melhorar cada vez mais nosso atendimento”, pontuou o coordenador.

O coordenador técnico do Programa Institucional de Apoio às Pesquisas de Políticas Públicas sobre Álcool e outras drogas da Fiocruz, Francisco Neto, explica que o Projeto Redes é uma parceria da Senad com a Fiocruz. “Como esse projeto em Aracaju faz parte do projeto Redes, eu venho acompanhando todas as atividades do projeto desde o início, e agora, com o Acolhe Aracaju e com esse seminário, achamos essencial está aqui presente. Esse seminário é importante para pensar no cuidado dessas pessoas que tem algum problema relacionado ao uso de álcool e outras drogas e isso também serve para os profissionais terem boas informações de como atuar com essas pessoas, para que eles não se sintam excluídos ou criminalizados por outras pessoas. A Fiocruz trabalha nesse projeto com uma dimensão de pesquisa e de apoio no fortalecimento dessas políticas públicas”, ressaltou.