Combate à violência sexual contra crianças e adolescentes é tema de palestra

Para refletir as questões ligadas ao Dia Nacional de Combate à Violência e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, que ocorre no próximo dia 18, a Secretaria Municipal da Educação (Semed), por meio do Departamento de Educação Básica (DEB), promoveu, na manhã desta quarta-feira, 11, uma palestra sobre o tema com a psicóloga Camila Sousa de Almeida, no auditório Antônio Vieira da Silva, anexo à EMEF Presidente Vargas.

Destinado, inicialmente aos professores e coordenadores pedagógicos das Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEIs), o evento foi promovido pelas Coordenadorias de Políticas Públicas para Diversidade (Coped) e de Educação Infantil - Creche/Pré-Escola, mas também contou com representantes dos Conselhos Tutelares, Escolares e dos Direitos das Crianças e Adolescentes.

De acordo com a professora Lenalda Gomes dos Santos, coordenadora do Coped, após a realização do evento, o fluxo dos encaminhamentos do que foi discutido e abordado seria encaminhado para os diretores das Escolas de Ensino Infantil da rede municipal para que as providências sejam tomadas. "Esse fluxo ao qual me refiro foi construído desde 2013, no Ministério Público do Estado de Sergipe (MP/SE) e, na oportunidade, contou com a participação de diversas instituições. Neste caso aqui, o nosso fluxo é o educacional", observou Lenalda Gomes, lembrando que o Dia Nacional de Combate à Violência e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes acontece no próximo dia 18.

Um problema muito sério na sociedade atual

Psicóloga do Setor de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Camila Sousa chamou a atenção para o fato de que a violência sexual, principalmente contra as crianças, é um problema muito sério na nossa sociedade, não só no Brasil, mas também mundial.

"A gente precisa proteger as crianças, nossas leis pregam isso, a proteção à criança e é muito importante a gente ficar atento a esse assunto, que é a violência sexual, para que possamos preservar a saúde das nossas crianças", salientou.

Essa prevenção, destaca a palestrante, deve ser tanto no tratamento daquelas que já passaram por isso, que infelizmente é muito comum e na grande da maioria dos casos quando há violência contra crianças o agressor faz parte do núcleo familiar ou é muito próximo, então é algo que a sociedade como um todo, a escola, a família precisam estar muito atentas.

Camisa Souza salientou que o objetivo é ajudar as pessoas a perceberem os sinais de uma criança que passou ou passa por isso, e também ao reconhecer, porque em alguns casos as pessoas não acreditam na criança. "Os adultos não dão crédito e acham que é invenção da criança ou que é coisa da cabeça dela, então, a importância de hoje é conscientizar as pessoas de quanto é sério isso", relatou.

E concluiu ressaltando que entram as questões familiares, porque trazer à tona de que uma pessoa da família fez isso vai causar toda uma desestruturarão familiar que as pessoas querem evitar e, por conta disso, a criança continua no sofrimento dela. "Precisamos conscientizar as pessoas o quanto é sério", reafirmou.