Livro sobre educação musical é lançado no Centro Cultural de Aracaju

Cultura
13/06/2016 19h24

A educação musical escolar em Sergipe passou a ter uma nova referência no que concerne ao resgate de sua história. Foi lançado na noite da última sexta-feira, 10, no Centro Cultural de Aracaju (antiga Alfândega), unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), o livro Ó Tupã Deus do Brasil: O canto orfeônico na Escola Normal de Aracaju (1934 – 1971). A obra, de autoria do professor, mestre e maestro, Elias Souza dos Santos, foi elogiada por escritores, professores, alunos e o público em geral. A noite também foi abrilhantada com a realização de um concerto reunindo vários corais.

Elias Souza nasceu em Aracaju. É especializado em arte educação; técnico em órgão eletrônico e regente de vários corais, a exemplo, Cantavosos, Cartavozes, Harmonia, entre outros, inclusive da Escola de Arte Valdice Teles, onde é professor de canto coral há vários anos. O livro é o resultado da sua pesquisa para mestrado. Após os apontamentos, o maestro levou um ano para escrever o livro.

A noite de autógrafos foi concorrida. O evento passou por vários momentos. O primeiro aconteceu no Teatro João Costa, onde o escritor lembrou que a ideia em escrever o livro surgiu em 2005. “Percebi que em outros Estados já haviam algumas publicações sobre a educação escolar, mas que faltava em Sergipe”, destacou, acrescentando que foram dois anos de pesquisa para chegar ao contexto desejado.

O público foi agraciado com a apresentação de corais, regidos por Elias Souza, que finalizou o concerto com a música Canto do Pagé, produzida pelo maestro Villa-Lobos, em 1933. Ao ecoarem as vozes de vários coralistas, a plateia também os acompanhou por meio de palmas e de pé. Os aplausos confirmaram o talento dos alunos, regidos por Elias dos Santos.

O livro enfoca como se organizou o ensino de música no Brasil; como se deram as práticas em Sergipe. A obra registra fatos envolvendo professores sergipanos que lecionaram o canto orfeônico. E, considerando que a presidente da Funcaju, professora Aglaé Fontes, estudou canto orfeônico na Escola Normal, também consta o seu depoimento no livro, ilustrado por uma foto, ao lado de outras colegas da época.

A professora de musicalização infantil da Escola Valdice Teles, Maria das Graças, prestigiou o lançamento do livro. “Elias é um colega tranquilo, prestativo e um profissional dedicado. O seu livro é o resultado do trabalho que ele desenvolve há anos”, disse.

A artista plástica e coralista Darc Bettamio, também aluna do professor Elias dos Santos, lembrou que o escritor é um ser humano excepcional e, como professor, é tolerante e que não mede esforços para repassar os seus conhecimentos. “O seu livro é uma realização pessoal. Sabemos que ele esperou muito por isso e, portanto, ele está de parabéns!”.

“Não podemos falar de Elias sem destacar a sua generosidade. É um colega fantástico”, afirmou Roger Madureira, professor de trompete da Valdice Teles, coralista e também professor de canto coral. Esclareceu que acompanhou o processo para a concretização do livro. “O nosso colega passou algum tempo fora do Estado para se dedicar ao livro e, ao observarmos que foi concretizado, batemos palmas para ele, agora como escritor”, frisou.

O diretor da Escola de Arte Valdice Teles, maestro Sérgio Chagas, representou a presidente da Funcaju, que esteve impossibilitada de comparecer ao evento. “Este livro é um resgate da nossa cultura. Podemos citar que é um marco em termos de referência, de estudo. O canto coral de Sergipe está com sua obra registrada”, finalizou.