Promover a inclusão dos aracajuanos é um dos principais papéis desenvolvidos pela Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas). Nesta quarta-feira, 6, a Fundat participou do evento "Um Dia de SuperAção: Trabalho e Acessibilidade para Pessoas com Deficiência", realizado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe (SRTE/SE), por meio do Fórum Estadual de Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho.
De acordo com a coordenadora da ação, Urselina Porto, a ideia é compartilhar conhecimento por meio de trocas de experiências, almejando a entrada da pessoa com deficiência no campo profissional. "A importância do evento é dar visibilidade a essa temática da inserção deste público no mercado de trabalho. Estão presentes várias associações, oficinas de braile e libras, para que a sociedade perceba, entre nesse mundo e participe dele", afirma Urselina.
Ao longo do dia, a Fundação disponibilizou os serviços de intermediação de mão de obra para Pessoas com Deficiência, divulgação dos cursos gratuitos de qualificação e oficina de currículo. Para a presidente da Fundat, Gláucia Guerra, é de extrema importância a participação do órgão em uma iniciativa que conta com o envolvimento de várias instituições dispostas a oferecer ações inclusivas às pessoas com deficiência.
"Somos parceiros da Superintendência Regional do Trabalho e temos assento no Conselho da Pessoa com Deficiência, justamente para buscar oportunidades de qualificação para esse público e, principalmente, novos postos de emprego", explica Gláucia, ressaltando os resultados positivos que a Fundat vem obtendo neste segmento de atuação.
Espaço de oportunidade
Maria de Lourdes Barbosa tem 32 anos e possui baixa visão. Para ela, momentos como este são essenciais para incentivar as pessoas com deficiência a superarem os desafios e perceberem-se como membros ativos da sociedade. "Eu acho importante porque faz com que nós, deficientes, tenhamos mais esperança de entrar no mercado de trabalho", diz Maria de Lourdes, que teve o currículo cadastrado pela Fundat.
Silvânia Soares, 45 anos, também foi cadastrar o currículo com a expectativa de conquistar uma vaga no mercado formal. "Eu achei bom, deveria acontecer mais eventos assim, porque a gente procura saber sobre os cursos, empresas que estão contratando e as agências de emprego", comenta Silvânia, que é deficiente auditiva.
Convidado pela equipe da Fundat para participar do evento, Jenisson Monteiro, 31 anos, já foi chamado para algumas entrevistas de emprego, por intermédio da Fundat. Segundo ele, estas ações colaboram com a desconstrução do preconceito, oriundo da falta de conhecimento. "Na visão geral, algumas pessoas acham que o cadeirante ou qualquer outro deficiente precisa daquele cuidado, tem sempre que ficar em casa, não pode trabalhar, não pode estudar, e eventos como esse, acabam quebrando essa barreira", explica Jenisson, formado em Turismo e pós-graduando em Logística Empresarial.
