A mescla do acadêmico com o autodidata fez sucesso no Simpósio de Música Nordestina, realizado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS). O público que se fez presente foi só elogios aos organizadores, pois encontram no evento uma oportunidade de extensão de seus conhecimentos.
Nomes como Vladimir Silva, Eduardo Garcia, José Renato Occiolly e Silvério Pessoa, fizeram parte da gama de palestrantes que o simpósio trouxe para a capital sergipana. E como já era esperado, o evento foi um sucesso gerando fortes debates, inquietação e crescimento pessoal. É o que afirma Ana Luiza. “Não sou daqui de Aracaju, vim para passear. Quando soube do simpósio, fiquei super animada. Toco em uma banda lá em São Paulo e esse momento foi bastante enriquecedor para minha vida artística. Fiquei muito feliz em ter vindo visitar essa terra que tanto amo e ter essa oportunidade de adquirir tanto conhecimento”, fala.
Para a cantora lírica e estudante do curso de música da UFS, Patrícia Sandes, é muito importe que seja fomentado ainda mais momentos como esse. “A experiência está sendo maravilhosa porque além de tratar da música nordestina, está tratando também como a música que é reproduzida no nordeste. Fazendo um apanhado geral de como é ensinado desde o artista de formação acadêmica, até a parte de performance. Arrisco dizer que eventos como esse deveriam ser realizados de seis em seis meses, pois enriquece muito o curso de música da UFS”, diz.
Antonio do Amaral é músico há muitos anos, e comemorou a realização do simpósio, pois acredita que o nordeste deve impulsionar a disseminação de sua cultura. “O evento foi magnífico, pois as mesas-redondas trouxeram discussões pertinentes e diversificadas. A música popular e a música erudita foram tratadas de modo leve e mostrado que é possível trabalhar com ambas, sem que seja perdida sua essência. A confluência desses dois seguimentos da música nordestina chegou a um só ponto, que foi o engrandecimento da nossa região, o engrandecimento da identidade cultural do nosso povo”, diz.
O evento foi composto por quatro mesas-redondas que trouxeram pesquisadores, professores, maestros, músicos, compositores e escritores de diversas instituições do nordeste. Juntos, os especialistas analisaram diversos aspectos da música nordestina, sobretudo a sua formação, tradição, diálogos, pertencimentos e dinâmicas na contemporaneidade.