Na tarde da última sexta-feira, 26, segundo e último dia do Simpósio de Música Nordestina, evento realizado pela Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), foi marcado por emoções. Os músicos Marcos Guedes e Josa, o Vaqueiro do Sertão, foram homenageados.
Na oportunidade, a presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, teceu comentários sobre o forrozeiro Marcos Guedes, que faleceu recentemente. “A música é uma arte que caminha pela sensibilidade. Tive uma convivência muito afetiva com Marcos, conhecendo-o bem e sabedora do seu talento”, disse.
A presidente da Funcaju relembrou que teve a oportunidade de Marcos Guedes, como seu aluno, ainda quando criança. “Eu ensinava música no Jardim de Infância e, ao seis anos, percebi que Marcos tinha uma presença musical muito forte. E, ainda emocionada, Aglaé chamou ao palco a esposa do artista para receber a homenagem.
Ainda, o diretor da Escola de Arte Valdice Teles, Sérgio Teles, lembrou pontos inerente a José Gregório Ribeiro, ou simplesmente, Josa, o Vaqueiro do Sertão. Chamou ao palco as filhas do artista Joseane de Josa e Josenete.
Josa, aos 18 anos, foi para o Rio de Janeiro para seguir carreira militar. Posteriormente, comprou a sua primeira sanfona e veio para Sergipe. A sua marca registrada é o chapéu de couro. O artista manteve a sua originalidade, descartando músicas de duplo sentido.
“Na sombra da Jaqueira” e “Corda do meu Coração”, são alguns dos sucessos do artista. Por problemas de saúde, Josa deixou de fazer shows. São mais de 300 composições, sempre enaltecendo fatos do dia a dia. São 52 anos dedicados à música, consagrando-se como um dos melhores “forrozeiros” de Sergipe.
Durante a homenagem Joseane de Josa relembrou alguns dos sucessos de seu pai, cantando a capela para todos. O público a acompanhou por meio de batidas no chão e nas palmas.