Aconteceu na manhã desta sexta-feira, 27, no Centro de Inclusão Produtiva da Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania de Aracaju (Semasc), o encerramento do curso de Salgadeiros. Oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFS), através do Programa Mulheres Mil, o curso teve uma carga horária de 150 horas e contou com a parceria da Semasc.
Prontos para uma nova profissão ou para a reinserção no mercado de trabalho, os 19 alunos ampliaram suas perspectivas. "Aqui temos estudantes de várias idades, classes sociais e bairros da capital. Gente que começou do zero e que também veio para se reciclar e conseguir aumentar a própria renda. Eu senti que cada vez que eles faziam uma receita, vibravam. Foi um curso enriquecedor", afirmou a coordenadora do Centro de Inclusão Produtiva da Assistência Social, Maria Luiza dos Santos.
"Ficar desempregada perto dos 50 anos é triste. O mercado não quer mais gente que considera velha. Já cozinho para fora há um ano e meio e passei três meses firme aqui no Centro, com o objetivo de me formar salgadeira. Mesmo que um dia eu volte a trabalhar de carteira assinada, continuarei trabalhando para mim mesma", disse Rosilene dos Santos, feliz com a mais recente conquista e já fazendo planos para o futuro.
Thatiane Braga já trabalhava com a produção de doces, mas acabava terceirizando o serviço de salgados sempre que recebia encomendas. "Agora eu mesma posso fazer essa parte, sem precisar demandar o pedido para os outros. Vou ganhar até mais".
Gestão participativa
De acordo com Lucineide Maciel, coordenadora dos Programas Assistenciais da Semasc, a atual gestão vem se empenhando em dar um novo norte para as ações da Secretaria, a partir do modelo de uma gestão participativa. Estão sendo realizados vários encontros com os trabalhadores da Assistência Social e também um mapeamento das necessidades de cada território. "Esta proposta de estar junto à comunidade, de estar discutindo e construindo junto, faz com que todos se sintam co-participantes e se empoderem dos seus direitos e deveres. A gente pretende definir os novos cursos de inclusão produtiva ouvindo as demandas e expectativas do nosso público", explicou.