Semasc realiza 1ª roda de conversa com Mulheres de Aracaju

Família e Assistência Social
31/01/2017 12h32
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Aconteceu na tarde desta segunda-feira, 30, a 1ª Roda de Conversa entre a Coordenadoria da Mulher da Secretaria da Assistência Social e Cidadania de Aracaju (Semasc) e diversos movimentos e organizações de gênero. Durante o encontro foram ouvidas as demandas individuais e coletivas das mulheres dos vários bairros e segmentos da capital, com o objetivo de traçar novas estratégias que atendam às questões sociais.

De acordo com a vice-prefeita e secretária da pasta, Eliane Aquino, a iniciativa é uma maneira de construir uma política pública sem politicagem, indo direto ao ponto do que as comunidades e, principalmente, as mulheres precisam. "Encontramos Aracaju com um deficit financeiro de mais de R$500 milhões, mas mesmo com toda essa dificuldade queremos construir algo novo. Sabemos a importância de trabalharmos em prol das mulheres. Queremos construir algo junto com os movimentos sociais para que possamos dar um novo olhar aos serviços levados às comunidades, ouvindo seus anseios e desenvolvendo as potencialidades de cada local. Queremos uma nova cidade e sabemos que a prefeitura não a construirá sozinha".

Além da abertura do diálogo, da apresentação dos compromissos da nova gestão e do início da elaboração de estratégias coletivas, a coordenadora de Políticas para as Mulheres, Maria Teles, ressaltou a importância do desenvolvimento de ações integradas que possibilite o enfrentamento à violência doméstica, o empoderamento das mulheres através da abertura de possibilidades para o mercado de trabalho, a promoção da saúde, entre outros. "A nova gestão é participativa desde a sua base. Por isso, estamos buscando compartilhar responsabilidades com lideranças. A ideia é que possamos territorializar os atendimentos à população, levando sempre que possível os serviços às comunidades. Além do diálogo com as lideranças, estamos buscando parcerias com outros órgãos da Prefeitura, a exemplo da secretaria municipal de esportes e da Fundat. Nossa idéia é empoderar as mulheres e termos como carro chefe o acesso aos serviços e o enfrentamento à violência doméstica".

O empoderamento da mulher através do trabalho também potencializa uma maior capacidade de enfrentamento às violações de direitos das mulheres, por isso, o Sindicato das Domésticas fez questão de participar do encontro. "As pessoas precisam entender a importância do trabalho para a vida da mulher, todos nós queremos ter o direito de trabalhar e sermos valorizadas", explicou uma das diretoras do Sindicato, Quitéria dos Santos.

Para a representante do Movimento dos Trabalhadores sem Direitos Garantidos (MTSDG) e da Associação de Mulheres e Adolescentes Negras de Sergipe (Amanse), Elisangela Santos, a partir do momento que se pensa a assistência para uma mulher, se pensa para todas. "Esse encontro é muito importante. As nossas mulheres hoje estão muito vulneráveis e sem acesso ao tratamento devido. O que nós queremos é conversar para que possa ser pensado um espaço onde essas mulheres possam ser acolhidas fisicamente e psicologicamente".

Após a reunião, a Coordenadoria das Mulheres irá sistematizar as principais demandas apresentadas e traçar um planejamento estratégico que viabilize as principais demandas das lideranças. Esse processo de construção coletiva já ocorreu também com representantes de outros grupos vinculados à Diretoria de Direitos Humanos, a exemplo dos representantes do movimento Negro e de lideranças do movimento LGBT.