Formação continuada da Semasc atende a mais de 200 profissionais

Família e Assistência Social
08/02/2017 16h02
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Foi encerrado na manhã desta quarta feira, 8, o Curso de Formação Continuada realizado pela Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc) para atender aos gestores e demais trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS ) que atuam em Aracaju. Ao todo, foram realizados oito encontros com 11 turmas, sendo atendidos 211 profissionais entre coordenadores, psicólogos, assistentes sociais, psicopedagogos e socioeducadores.

As Rodas de Conversa, como o projeto foi denominado, foram iniciadas no dia 24 de janeiro e tiveram como objetivo alinhar as ações já desenvolvidas nas unidades vinculadas à Semasc com o modelo de construção participativa dos processos desenvolvidos pela nova gestão.

Os encontros foram iniciados atendendo aos profissionais que atuam nas redes de Proteção Básica e Especial de média e alta complexidade. As principais temáticas abordadas foram a territorialidade, vulnerabilidade e o risco social. "Estes conceitos são muito importantes para definição e melhoria da qualidade do serviço. Identificando estes pontos é possível trabalhar não só as tratativas, como também a prevenção", ressaltou a coordenadora de Gestão de Trabalho do SUAS, Maria do Socorro Lobato. De acordo com Socorro, como resultado dos encontros será construído um diagnóstico a partir das colocações dos participantes que vai servir de base para a elaboração do Plano Plurianual 2018/2022 da Assistência Social.

Sociedade civil

Além dos profissionais da Semasc, o encontro também reuniu representantes de cerca de 30 entidades não-governamentais, que tiveram a oportunidade de participar do encontro tendo em vista a regularização dos cadastros para a participação de editais da secretaria. "Na gestão anterior do prefeito Edvaldo Nogueira, nós tínhamos vinculados ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) mais de 100 instituições. Hoje, nós contamos apenas com 32. A gente observa que houve um certo retrocesso na prestação de serviço à sociedade. Se nós olharmos hoje para o SUAS, na parceria público-privado, nós saímos de 70 convênios para 7. Esta é uma perda imensa porque quem sofre as consequências de tudo isso é o cidadão que precisa da Assistência Social", explicou a diretora de Gestão do SUAS, Rosária Rabelo.

"Enquanto representante de uma ONG, acredito que este é um momento muito importante de troca de conhecimento entre as instituições. Vejo como um ponto muito positivo para construirmos um novo plano de trabalho", foi assim que Elisana Vieira, responsável pelo Lar Infantil Cristo Redentor, classificou a experiência. Para ela, este é o primeiro passo para que se trace uma metodologia mais eficaz no trabalho da Assistência. Atualmente, a entidade sem fins lucrativos possui um convênio com a Semasc e atende, em média, a 70 crianças através de atividades lúdicas e acompanhamento psicológico.

O mesmo pensamento foi compartilhado por Heloísa Ballester, diretora da ONG Instituição Beneficente Manoel (IBEM). "Nós precisamos de ajuda, pois temos diversos trabalhos que envolvem desde grávidas e seus filhos, até a terceira idade. Para isso precisamos do poder público. Esta proposta nova, deste governo que está começando, nos leva a desenvolver a esperança de que virá algo para que nós não nos sintamos mais tão afastados da Prefeitura. Eu sinto que se continuar assim, todo o trabalho será fortalecido para a melhoria de toda Aracaju."