Dando continuidade à agenda do Projeto Redes em Aracaju, nesta quarta-feira, 15, foi marcada por uma série de palestras sobre o enfrentamento da violência contra a mulher. Entidades civis e governamentais se uniram para contribuir com a roda de conversa proposta pelo Ministério da Justiça e mediada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc).
Eliane Aquino, vice-prefeita e secretária da Semasc, tocou em pontos muito importantes durante a reunião. Para ela, desenvolver políticas públicas de forma responsável e eficaz é desafio que precisa ser superado coletivamente “Temos muito trabalho pela frente. Precisamos mostrar que é possível fazer uma política com seriedade. Que essa rede de proteção que formaremos a partir da união de nossas forças seja real, sem brechas. Estamos bastante atentos a todos os quesitos abordados e, com certeza, vamos reter o máximo de informações para o combate à violência contra a mulher”, ponderou.
Neste sentido, o 3º Ciclo do Projeto Redes está em Aracaju para entender quais são as necessidades das vítimas de violência e quais os mecanismos que o poder público dispõe para combate, já que um trabalho forte na rede de proteção e combate à violência é realizado na capital. Por isso, as expectativas da diretora da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad\MJ), Nara Santos, são boas a respeito do desenvolvimento do projeto. “A gente percebe que o município tem um protagonismo muito grande e isso facilita o processo de ampliação dos trabalhos em Aracaju. Esperamos desenvolver um bom trabalho, especialmente por causa dos profissionais engajados que temos por aqui”, almejou.
Para Ednalva Monteiro, militante do Movimento de Lésbicas de Sergipe (Mols), a vinda dessa equipe é bastante proveitosa. “Eu acredito que esse debate é fundamental e que ela vai apontar caminhos até para o levantamento de dados a respeito da nossa população. Eles vieram nos empoderar também no tocante à atuação nos movimentos sociais no combate à violência. Eu estou muito satisfeita com a presença deles aqui", declarou.
O secretário adjunto da Semasc, Valdiosmar Vieira, acredita na ampliação de um trabalho que já vem sendo feito, mas atenta para os pontos de conflito que precisam ser sanados. “Nós queremos ampliar o trabalho, mas ficou claro que a nossa capacidade de atendimento nesse momento está inferior à nossa demanda. Nós precisamos intensificar também o trabalho de prevenção para que mais mulheres não sejam vítimas de violência. Outro ponto ainda que precisa ser trabalhado com bastante afinco é a questão do homem agressor, porque ele também está inserido no ciclo da violência”, sinalizou.
