No dia 17 de maio é comemorado o Dia Municipal de Enfrentamento a LGBTfobia. Com o objetivo de sensibilizar e alertar a sociedade sobre as questões ligadas à violência contra esta parcela da população, foi realizada na tarde desta segunda-feira, 8, reunião intersetorial para a criação da 1ª Semana Municipal de Cidadania LGBT de Aracaju. Articulada pela Secretaria da Assistência Social e Cidadania (Semasc), o encontro contou com a presença de várias secretarias municipais, além de representantes da sociedade civil e da Câmara de Vereadores.
O coordenador de Promoção da Equidade da Diretoria de Direitos Humanos da Semasc, Paulo Victor Melo, destacou a importância da temática. "Começamos a reunir entidades do movimento LGBT, secretarias e outros órgãos da Prefeitura para construir ações em torno da data. Esta é a terceira a última reunião para afinar o que já vínhamos construindo para um calendário de atividades que vamos executar durante três dias de programação. No espaço público esta população ainda é vista com bastante preconceito", explicou.
Com data já pré-definida para os dias 15, 16 e 17 de maio, o evento contará com várias intervenções a serem feitas a partir de debates sobre direitos e cidadania da população LGBT. E o enfrentamento à invisibilidade desta minoria política será um dos pontos mais destacados. "A gente não pode mais admitir diferenciações dos cidadãos pela sua identidade de gênero ou orientação sexual. Principalmente na Câmara de Vereadores, que é a casa do povo. Debater o tema é importante para garantir direitos e não perdê-los, como vem acontecendo", defendeu a vereadora da Rede Sustentabilidade, Kitty Lima, que teve a iniciativa de propor uma sessão especial sobre o assunto.
"Esta articulação de hoje, para nós, não vem com uma única bandeira, mas sim com um caráter mais macro, para que a população tenha visibilidade em todas as suas necessidades. Nossa proposta inicial é que possamos discutir os eixos da Saúde, Educação, Trabalho, entre outros temas e que, dentro de cada um, destrinchemos o que a população LGBT precisa", defendeu a representante da Liga Acadêmica de Saúde LGBT e do Levante Popular da Juventude, Nathália Mattos.
Participaram da reunião Guarda Municipal de Aracaju (GMA), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Fundação Cultural de Aracaju (Funcaju), Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), Associação e Movimento Sergipano de Transexuais e Travestis (AMOSERTRANS), Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhonis), Liga Acadêmica de Saúde LGBT da Universidade Federal de Sergipe e os vereadores Kitty Lima (Rede Sustentabilidade) e Iran Barbosa (PT).