Traçar um quadro de Aracaju em que os territórios da cidade sejam mapeados de maneira uniforme entre as áreas da Assistência Social, Saúde e Educação. Foi com esse objetivo que a vice-prefeita e secretária municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc), Eliane Aquino, se reuniu na tarde desta quarta, 10, com as equipes das secretarias municipais da Saúde (SMS) e da Educação (Semed).
Hoje, a divisão territorial dos atendimentos da Semasc é composta por cinco distritos, já a Saúde possui no mapeamento oito regiões e a Semed está distribuída em cinco. Através do novo formato territorial, as três secretarias teriam a mesma quantidade de regiões e tornariam os processos de atendimento à população mais rápidos.
Eliane Aquino pontuou que a intersetorialidade dos trabalhos não tem como funcionar plenamente da forma como as pastas estão divididas hoje. "Do jeito que está, é impossível nós pensarmos em um planejamento territorial das nossas equipes. Desde o começo da nossa gestão, estamos trabalhando com o planejamento de uma forma que a gente pense Aracaju através das estatísticas e de recortes que permitam uma análise de conjuntura com padrões que permitam um rápido cruzamento dos dados", afirma. A vice-prefeita se refere a um documento que mapeia os equipamentos por distrito e de acordo com a linha de pobreza de cada região. A intenção é que, após a unificação dos territórios, as unidades da saúde e da educação também estejam inseridas no mapa e, assim, as decisões na atuação sejam tomadas de acordo com a necessidade de cada lugar.
Longe de ser uma reforma simples, o processo de unificação territorial será iniciado com a coleta dos dados das três secretarias. A partir deles, será criado índices que contemplem as três áreas e, após essa etapa, um indicador que aponte os melhores recortes territoriais.
A secretária adjunta da SMS, Ana Débora Santana, esclarece que a unificação dos territórios é um passo fundamental para que se possibilite a criação de um banco de dados no município com o compartilhamento dos dados referentes ao atendimento dos usuários nos serviços da rede pública. "As pessoas não são entes divididos entre saúde, assistência e educação. São únicas e complexas. É muito importante que quando uma criança chegue pra mim na saúde eu saiba se ela frequenta algum Cras, se a família dela sofreu algum tipo de vulnerabilidade social e se ela frequenta a escola. Hoje quem tem esse relatório completo é o poder judiciário e de posse dessas informações nós podemos fazer muito mais pela população".
Muito entusiasmada, a secretária municipal da Educação, Maria Cecília Leite, vê nessa reforma a possibilidade de se pensar em algo que mude para melhor a realidade de Aracaju e não consertar somente os erros deixados pelas administrações anteriores. "Eu acho que essa ação é extremamente necessária justamente porque desejamos realmente fazer algo sério, comprometido, que tenha impacto e que mude essa realidade que está posta. Eu estou ansiosa para que possamos construir uma proposta estratégica no sentido de pensar a cidade de modo integrado e acho que essa hora chegou", comemora.