Empenho das equipes diretivas fortalece tradição junina nas escolas municipais de Aracaju

Educação
28/06/2017 16h22

Ao longo do mês de junho, estudantes da rede municipal participaram das celebrações alusivas aos festejos juninos. Vestidos a caráter, alunos e equipes escolares viveram momentos de confraternização junto ao sentido pedagógico de conhecimento, valorização à cultura e costumes locais. Momentos que certamente marcarão a vida dos estudantes com lembranças inesquecíveis.

A secretária municipal da Educação, Maria Cecília Leite, acompanhou os preparativos das festas e vibrou com o sucesso das comemorações. " Cada um deu o seu melhor para que a festa de sua escola fosse a mais bonita possível. As equipes deram um show de criatividade, desde os convites até a ornamentação da escola. Foi muito bonito ver o comprometimento de cada escola com sua unidade de ensino. São pessoas que merecem todos os aplausos que pudermos dar", elogia.

 No bairro Lamarão, por exemplo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sérgio Francisco da Silva apresentou na tarde desta quarta- feira, 28, uma Feira dos Municípios com tema junina. O objetivo deste projeto foi fazer com que cada turma trabalhasse, ao longo do mês, características de alguns municípios sergipanos que se destacam nas comemorações do mês. Os estudantes apresentaram seus trabalhos em stands decorados por eles mesmos e ao final desfrutaram de música ao vivo com a presença de um trio pé-de-serra.

Soray Brito, que é diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jornalista Orlando Dantas, localizada no bairro Olaria, detalha a programação da festa junina na escola. "Nossa festa contou com uma manhã somente de brincadeiras que estão dentro da cultura do Nordeste. No turno da tarde e da noite, barracas juninas foram montadas pelos alunos e estas traziam temas culturais, e também dinâmicas como o melhor casal na dança, o casal que melhor representasse Lampião e Maria Bonita. Além da tradição a gente traz toda a cultura popular presente nas festas juninas, resgatando o que é o Nordeste e o que somos nós nordestinos. Então isto traz muita alegria e prazer, tanto para os professores quanto para os alunos", relata.

Empenho 

O reconhecimento e alegria pela dedicação da escola são percebidos nas palavras da estudante Beatriz Rodrigues dos Santos, de 11 anos, que está no 5º ano e afirma que desta vez a festa foi diferente das outras. 'A diretora e os professores desenvolveram mais coisas que nos outros anos, este ano está diferente. Tem sanfoneiro e ano passado foi com o som, este ano teve o arraiá na rua, as brincadeiras. Assim a gente pode se soltar mais, tem mais espaço e também quem tá na rua pode vir dar uma observada. Então quero agradecer a tia Gleice e a tia Cris pelo desenvolvimento da festa deste ano, porque está especial', diz a aluna.

Maria Janesia tem duas filhas que estudam há dois anos na Escola Maria da Gloria e diz estar muito alegre por manterem a tradição e grata pelo trabalho deste ano. 'Foi diferente porque teve pula pula, algodão doce, e o trio pé de serra ao vivo. Não são todos os colégios, nem mesmo o que são pagos, que se empenham em fazer uma festa bonita assim. Aqui elas tem criatividade, colocam vários brinquedos, arrecadam alimentos para fazer os balaios. É um colégio público, mas parece ser um colégio particular, porque é muito bem organizado, bem arrumado e eu amo. Estou muito agradecida por ter encontrado um colégio de boa qualidade.

Valorização cultural 

 A estudante da Emef, Raíssa Silveira, que estuda na 8ª série B, é do Sudeste e mora há pouco tempo em Aracaju. Para ela, este trabalho fez com que muitos tivessem mais conhecimento sobre as cidades do Estado. "Achei muito importante porque muitas pessoas não conhecem muito bem sobre a cultura do próprio estado. Gostei muito, inclusive, sobre minha pesquisa sobre Capela. Eu e minha equipe achamos curioso porque tem muita história e agente não sabia. É bom saber que a festa de São Pedro de lá é a maior do nosso estado, senão do Nordeste", expressa a aluna.

Carlos Gabriel da Silva, do 8º ano, comenta que a principal lição que aprendeu deste trabalho é que conheceu mais de Sergipe. "Apesar de ser um lugar com território pequeno, quem mora aqui não sabe o quão grande é. Nosso estado é muito diversificado, grande e forte e vários aspectos. Grande parte do conhecimento que precisamos nós adquirimos através da pesquisa, da confecção da barraca, preparação das comidas regionais. Aposto que muita gente que participou daqui não conhecia as comidas típicas de seu próprio estado, e por causa disto conseguiu aprender", explica.