Na manhã desta terça-feira, 22, a secretária municipal da Educação, Cecília Leite, e o secretário municipal da Fazenda, Jeferson Passos, reuniram-se com as equipes diretivas das 74 unidades de ensino da rede municipal da Educação. A reunião aconteceu no auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Antônio da Costa Melo e o diálogo girou em torno da não realização do Desfile Cívico deste ano.
Na oportunidade, Jeferson Passos, apresentou o cenário financeiro (herdado e atual) da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) de forma detalhada e explicou os motivos que levaram a Secretaria Municipal da Educação (Semed) a cancelar o evento cívico. "Nós estamos mostrando a realidade financeira da Prefeitura de forma transparente para que todos vocês entendam os esforços que estamos fazendo para reconstruir Aracaju, para pagarmos os salários em dia e para não pararmos os serviços básicos", explica o secretário.
Cecília Leite explicou aos presentes que o tesouro municipal não dispõe dos recursos necessários para realizar o evento, que está orçado em 800 mil reais. A secretária falou ainda sobre o passivo de R$ 42 milhões em dívidas encontradas pela atual gestão, bem como sobre o corte para o orçamento em 2017 que está sendo de R$ 30 milhões. Esses, segundo a secretária, são os principais motivos para a não realização do desfile.
"Enquanto todas as escolas não estiverem funcionando com dignidade, e não reorganizarmos os problemas deixados pela gestão passada, não realizaremos nenhum evento que onere a pasta da Educação", pontua a secretária.
Para a diretora adjunta da Emef José Conrado de Araújo, Carla Cristina Gonçalves, a decisão foi mais do que acertada. "Achei a decisão mais correta que a secretária poderia tomar. Hoje nós vimos as finanças da Educação de forma detalhada e percebemos que a crise é bem grave, então é importante que recuemos dessa vez, para que mais tarde nós possamos avançar com escolas estruturadas e comunidades escolares satisfeitas", pondera a diretora.
Opinião compartilhada pela diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Ágape, Deisivânia dos Santos. "As nossas crianças sentirão falta, a gente sabe disso, mas a gente vê e concorda que o cancelamento foi a decisão mais acertada. Eu parabenizo a secretária pela decisão de fazer esse corte para que as nossas escolas recebam recursos para se estruturarem, pois é o que todos nós queremos", analisa.