Escolas da Rede Municipal comemoram Dia do Folclore com atividades lúdicas

Educação
22/08/2017 18h08

Quem não guarda em suas recordações, alguma história cheia de mistério sobre saci-pererê, lobisomem e outros personagens da cultura popular, ou tem ainda na lembrança canções e rodas de danças típicas de sua região? Com o objetivo de preservar essas memórias, apresentando aspectos das manifestações folclóricas das mais variadas às crianças, esta terça-feira, 22, quando se comemora o Dia do Folclore, foi marcada por muita diversão aliada a conhecimento sobre cultura popular para alunos de muitas escolas mantidas pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Educação de Aracaju (Semed).

A Emei Dr. Fernando José Guedes Fontes, no Bairro América, quis resgatar a cultura folclórica trabalhando com os alunos pintura das lendas folclóricas com giz de cera, confecção de amarelinha com cartolina, caracterização das crianças de saci e bumba meu boi, brincadeiras com pistas utilizando símbolos folclóricos, contação de lendas através do teatro de fantoche, e também cantigas de roda.

''Nosso maior objetivo é não deixar que nossa cultura morra. São brincadeiras bem lúdicas para que nossos pequenos aprendam de uma forma mais fácil. Nos sentimos na obrigação de resgatar com nossas crianças as características do folclore, ao mesmo tempo em que estamos realizando, através do lúdico, atividades de cunho educativo socializando e incentivando o trabalho em grupo, resgatando valores culturais, desenvolvendo e estimulando a coordenação motora, o ritmo, a linguagem oral e escrita, bem como a criatividade, a imaginação e a expressão corporal'', detalha a coordenadora pedagógica Rita de Cássia Fraga.

Para a professora do infantil III, Lívia Maria Tavares Dória, mostrar que existe o folclore brasileiro é essencial para que as crianças possam crescer conhecendo sua cultura. "Estamos mostrando o nosso folclore brasileiro, que o personagem que eles conhecem como saci pererê, faz parte da nossa cultura. Também falamos sobre o bumba meu boi, a cuca, tudo isso é necessário para que os pequenos conheçam e continue passando a importância desses conhecimentos que marcaram a vida de gerações", opina.

Visitação ao Centro Cultural

Brincadeiras, danças, músicas, teatrinho: diferentes formas de abordar o folclore em atividades realizadas com os estudantes pelos professores e gestores municipais. A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Givalda, do bairro Soledade, levou seus alunos para visitação ao Centro Cultural de Aracaju, que tem sua programação desta semana voltada às manifestações folclóricas da identidade local. Para a coordenadora pedagógica da Emei, Clariane Maria, o propósito é que as crianças conheçam um ambiente cultural que exponha a cultura popular da cidade em que elas vivem.

''Além de conhecerem um local de cultura como este, quisemos proporcionar o contato com brinquedos tradicionais do folclore. Eles participaram, também, de brincadeiras populares como bom barqueiro, rico e pobre, ciranda cirandinha e trava-línguas. Foi um dia muito proveitoso, tivemos a oportunidade de nos apropriar de novos conhecimentos da nossa cultura popular num ambiente com propostas lúdicas e de cunho educativo'', explica.

Uma das alunas da Emei, Marcela Yasmim, de 4 anos, disse ter gostado bastante de conhecer o Centro Cultural e o que mais lhe interessou foi o Carrossel de Tobias, brinquedo que fazia sucesso na praça Olímpio Campos durante a década de 80 e 90. ''Aqui pude ver brinquedos que ainda não conhecia, mas que são muito legais e fazem parte do nosso folclore. Por exemplo, nunca tinha ouvido falar sobre o Carrossel do Tobias. Fiquei curiosa e encantada, queria brincar nele. Também quero voltar aqui mais vezes para brincar e aprender ", comenta.

Folclore sergipano

A identidade local ganhou destaque por parte de alguns professores. O Reisado, folguedo típico sergipano, por exemplo, foi um dos destaques entre as manifestações folclóricas trabalhadas com os estudantes da Emei Neuzice Barreto, do bairro Getúlio Vargas. Para a coordenadora Joilma Lima, manter o a convivência das crianças com aspectos culturais da sergipanidade, como o cacumbi, samba de coco e batucadas, é fundamental.

''Fizemos máscaras, nos vestimos de brincantes de reisado e quadrilheiras. Nós optamos por esta abordagem porque de certa forma resgata a cultura popular nordestina e também sergipana. Trazendo enfoque nas danças e cantorias locais, na tentativa de enaltecer nossos valores culturais, extremamente relativizados e desvalorizados pela indústria cultural'', destaca.

 As escolas Olga Benário, Olavo Bilac, Nunes Mendonça, Maria da Glória, Dom José Brandão de Castro, Francisco Guimarães, Benjamin Alves e Sabino Ribeiro também realizaram diversas atividades com seus estudantes. Momentos que certamente ficarão na memória.