Assistência participa de oficina sobre Segurança na Internet no MP

Família e Assistência Social
23/08/2017 12h24
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Dando continuidade às discussões para a promoção da segurança na internet em Sergipe, a equipe da Secretaria Municipal da Assistência Social participou da Oficina "Segurança, Ética, Cidadania na Internet: educando para boas escolhas online", realizada pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, em união com a ONG Safenet Brasil e com o Comitê Gestor da Internet no Brasil nesta quarta-feira, 23, no auditório do Ministério Público Federal.

A oficina é resultado de uma reunião realizada no dia 25 de julho deste ano, quando várias entidades relacionadas à educação a nível municipal e estadual foram convidadas pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ramiro Rockenbach, para o planejamento e divulgação da oficina. Na oportunidade, a vice-prefeita e secretária da Assistência, Eliane Aquino, alertou para os perigos de um mau uso da internet. "É muito importante que a gente saiba proteger as nossas crianças e adolescentes desses males tão avassaladores que são os crimes virtuais. O computador e o celular são ferramentas que estão incutidas no nosso modo de vivência e nós precisamos entender qual a melhor forma de lidar com situações desagradáveis e perigosas na rede".

Em 2016, pela SaferNet, foram registrados inúmeros pedidos de ajuda em casos de pessoas que foram vítimas de vazamento de fotos íntimas. Maioria entre as vítimas, as mulheres responderam por 67% dos casos, enquanto que os homens registraram 32,5% dos casos. Apesar da queda no número de vazamentos dos chamados nudes, o número de denúncias de pessoas que sofreram o chamado cyberbullying, que consiste em intimidação e/ou discriminação pela Internet, cresceu significativamente em 2016. Juntas, as cinco principais violações vividas pelos brasileiros na internet em 2016 responderam por 1.825 casos. O ciberbullying, com 312 casos, e sexting/vazamento de nudes, com 301 casos, lideram o ranking. Em seguida aparecem denúncias por problemas com dados pessoais, com 273 casos; conteúdos de ódio/violentos, com 128 casos; e fraudes/golpes/e-mails falsos, com 109 casos.

Lara Cíntia é responsável pela coordenação da proteção básica da secretaria da Assistência de Aracaju e acredita que através dessa formação, tanto os educadores sociais, quanto os outros trabalhadores dos equipamentos da secretaria poderão falar para as crianças e adolescentes com mais propriedade sobre como usar a internet de forma segura. "Nós trouxemos uma equipe muito boa da secretaria para que o maior número possível de pessoas tivesse acesso às informações aqui passadas, para que realmente uma rede de disseminação de informações se perpetue dentro de Aracaju e os nossos jovens possam utilizar a internet de forma positiva".

Para Patrícia Calisto, educadora do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Madre Tereza de Calcutá, o evento incentiva as boas práticas no ambiente virtual. "Sairei daqui como uma incentivadora do uso da internet de forma saudável. Quantas vezes chegamos lá no Cras e não sabemos orientar as crianças e adolescentes contra o ciberbullying, por exemplo. Sinto que esse é o momento de absorver ao máximo de  informações para um trabalho eficaz com a juventude".

De acordo com Ramiro Rockenbach, co-fundador do projeto "Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas", a importância de cada pessoa que se propõe a atuar na educação dos jovens é grandiosa; maior, inclusive, que os desafios. "Os problemas são grandes, mas também são muito menores do que a nossa capacidade de construir um mundo melhor. O que seria da nossa sociedade se não fosse a insistência infinita das educadoras e educadores do nosso país. Apesar de todas as dificuldades e desrespeitos, desde um aluno na sala de aula até de um ministro da Educação, os educadores continuam educando todos os que hão de fazer a diferença nesse país".