Monitoramento das áreas de risco é trabalho constante da Defesa Social

Defesa Social e Cidadania
24/08/2017 13h10

A Secretária Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), através da Defesa Civil, realiza o trabalho de mapeamento das áreas de risco da capital sergipana. Em Aracaju, recebem atenção especial as regiões próximas aos morros e encostas, além das margens de rios e canais.

O geólogo da Defesa Civil de Aracaju, Lucas Santana, explica que as principais áreas de risco na capital já são conhecidas pela equipe técnica. "O que fazemos, de forma contínua, é monitorar essas localidades mais conhecidas e analisar se há o risco de desastres futuros, além de tentar mapear novas áreas", esclareceu.

De acordo com o geólogo, o trabalho consiste em uma análise, a partir de mapas de relevo, para identificar as espaços mais íngremes, com maior tendência à deslizamentos, além das localidades de menor altitude, próximas aos canais e rios, que tendem a ser inundados ou alagados. "Após a primeira avaliação, vamos a campo para confirmar as informações e, então, definimos uma hierarquia entre as áreas, de acordo com a gravidade da situação", explica Lucas.

O mapeamento ocorre em parceria com o Núcleo de Geoprocessamento da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog). Além disso, são utilizados estudos acadêmicos e os próprios registros fotográficos realizados pela equipe técnica. "O registro de ocorrências, informadas pela própria população através do número de emergência 199, também são levadas em consideração", complementa.

Áreas mapeadas


Entre os locais monitorados, por características relacionadas ao risco de deslizamento de massa, estão os seguintes bairros: Santa Maria (Morro do Avião), América (próximo à av. Tancredo Neves), Cidade Nova, Porto D'antas, Santo Antônio, Palestina, Lamarão e Bairro Industrial. Segundo o geólogo da Defesa Civil, as localidades situadas na zona Norte da cidade apresentam maior relevo, em relação as demais áreas do município.

No que se refere ao risco de inundação os bairros mais afetados são aqueles localizados às margens do rio Poxim, como é o caso dos conjuntos JK, Sol Nascente e Santa Lúcia, além do bairro Jabotiana e uma parte do bairro São Conrado. As moradias localizadas no bairro Coqueiral, às margens do Rio do Sal, também estão entre as áreas que recebem maior atenção. Já o risco de alagamento é constatado, em maior proporção, nas áreas próximas aos canais que cortam a cidade, que passam pelos bairros Santos Dumont e Jardins.

Assistência

A Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania, através da Defesa Civil, presta assistência à população residente nas áreas de risco por meio da realização de rondas. A partir da coleta de informações e análises da situação, são repassadas informações necessárias à adoção das medidas de segurança. As ações são preventivas e resguardam as vidas de moradores, além de evitar ou minimizar perdas materiais.

Entre as estratégias utilizadas nas regiões onde há construções próximas a encostas está a instalação de lonas, que ficam estendidas para que a água das chuvas não penetre no solo. Para os casos mais graves, os imóveis podem ser interditados e, nesses casos, as famílias passam a ser assistidas pela prefeitura através dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), até que a situação seja resolvida.