Programa Educacional de Resistência às Drogas trabalha com crianças da Bebé Tiúba

Educação
24/08/2017 18h54

Muitos estudantes das escolas, mantidas pela Secretaria Municipal da Educação de Aracaju (Semed), estão sendo contemplados com projetos e programas que objetivam sedimentar princípios primordiais na formação enquanto cidadãos, como respeito e disciplina. Desta vez, unidades de ensino estão sendo contempladas com o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). A Escola Municipal de Educação Fundamental (Emef) Bebé Tiúba é uma das escolas contempladas. Esta quinta-feira, 24, foi dia do programa para a educação infantil. O Programa oferece aulas de 30 minutos, duas vezes por semana, nas terças e quintas-feiras, por monitores da Polícia Militar de Sergipe (PM-SE).

O lúdico é um instrumento muito presente para que o conteúdo seja bem absorvido nestes alunos. As aulas do Proerd são dadas no chão, em roda, com o sentido de aproximar mais a PM à comunidade escolar. São trabalhadas com os estudantes não somente a questão da segurança, da tomada de decisão e dos sentimentos, mas também são evidenciados os trabalhos em relação à cidadania, leis, regras e um pouco sobre como evitar contato com drogas. O principal objetivo do programa é manter as crianças seguras, fazendo com que saibam tomar decisões responsáveis. Para isto, cada aula tem um foco específico, entre segurança no ambiente onde a criança está, segurança no trânsito, a importância de não falar com estranhos, não mexer com produtos químicos ou remédios sem companhia dos pais, entre outros. Como métodos de abordagem, são usados desenhos em cartazes - cada um aborda um tema, perguntas de facilitação, encenações.

 A diretora da Emef Bebé Tiúba, professora Auridete Santana, explica que conheceu o Proerd através de uma capacitação que participou e logo solicitou que o trabalho fosse realizado na escola. ''A escola tem que estar aberta para tudo que ajude na formação de uma boa educação para crianças e jovens. Esta é uma maneira de ensinar as crianças a ficarem longe dos perigos. Eles trabalham, também,  a questão segurança e cuidado com as crianças menores, para que quando chegarem aos anos seguintes elas já estejam mais preparadas. É um trabalho de formiguinha, mas que prepara cidadãos para o mundo'', comenta.

O ministrante das aulas do Proerd na Emef, cabo Tiago Rodrigues, explica que, no início, alguns ficam receosos porque têm um estereótipo equivocado sobre a atuação policial. ''Como venho de uma família de professores, acredito muito na educação como um agente transformador das realidades. A recepção toda vez que chego aqui é fenomenal. Criança é muito verdadeira e recebo muito carinho. Eles participam, fazem questão de opinar, me abraçam. Esta relação, este vínculo de confiança, é também o que alimenta nossa vontade de fazer este trabalho, de forma voluntária, motivando cada vez mais para tentar fazer a diferença. Acho que esta é uma forma podemos levar estas crianças a terem uma vida mais saudável e responsável daqui para frente'', expressa o cabo Tiago.

Com cinco anos, Gustavo Souza, aluno da Educação Infantil, demonstra ter aprendido o que o cabo Tiago passou em sala de aula. ''Vi que não pode colocar alguns produtos fortes na boca, como esmalte e sabonete, não pegar também desinfetante sem a mãe deixar porque senão a gente passa mal e podem até morrer. Eu gosto das aulas e depois faço o que aprendo ficando comportado, fazendo o que minha professora pede. Outra coisa que faço é falar com meus colegas para não 'mangar' dos outros coleguinhas, é falta de educação e tem que ter respeito'', relata Gustavo.