Acolhidos do Abrigo Caçula Barreto têm tarde de lazer no Museu da Gente Sergipana

Assistência Social e Cidadania
24/08/2017 18h40

 

Você já foi ao Museu da Gente Sergipana? Lá é um lugar onde os sergipanos se reconhecem, veem suas histórias retratadas nas manifestações artísticas. A tarde desta quinta-feira, 24, foi reservada a uma visita ao museu para os acolhidos do abrigo Caçula Barreto.

Com um histórico familiar muitas vezes difícil, as crianças e adolescentes que moram nos abrigos mantidos pela Secretaria Municipal da Assistência Social têm nas tardes de lazer atividades que dialogam com a cultura de forma lúdica. De acordo com Jussara Souza, cuidadora dos jovens, os trabalhos relacionados ao folclore fazem muito sucesso entre eles. “As meninas e meninos ficam muito alegres, se distraem, conversam bastante. Adoram as manifestações folclóricas. Os mais novos, então, falam o dia todo nisso!”.

Acácio Neo é educador do Museu da Gente explica que o espaço está sempre aberto para todas as pessoas que querem aprender mais sobre a cultura de Sergipe, principalmente para as crianças e os adolescentes. “O museu apenas como um espaço físico não vai mostrar para essas crianças uma nova perspectiva de vida, não proporciona uma ressocialização, mas quando elas vêm pra cá e começam a perceber dentro das nossas exposições uma valorização da sua própria história, essa perspectiva de vida chega. Elas passam a se sentir acolhidas, também pela forma como nós as tratamos, tanto na linguagem falada como na corporal, que se torna mais afetuosa. Nesse momento elas podem perceber que existem muitas coisas para serem aproveitadas e que não é preciso ir tão longe. Estamos aqui”.

L.R.P. tem 14 anos e é uma das meninas acolhidas pelo abrigo. Por ela, iria ao museu todos os dias. “Eu já fui várias vezes e cada dia é melhor. Hoje aprendi mais sobre o Samba de Coco, que é um ritmo gostoso demais e dá vontade de sair dançando. Adoro tudo no Museu da Gente”.

Dona Yolanda Santos é dirigente do Samba de Coco da Barra dos Coqueiros, que se apresentou no museu em alusão ao mês do folclore. Para ela, alegrar as pessoas é um estilo de vida. “Eu vivi muita coisa já. São 82 anos de história e se tem uma coisa que eu aprendi é que a felicidade está nos pequenos gestos. De tudo que eu faço eu tento tirar um sorriso de alguém. Isso é o que também me faz feliz! Poder dançar para as crianças e adolescentes que vivem nos abrigos é um privilégio. Espero que eu tenha tornado a vida delas mais alegre em algum momento, por que elas já mudaram a minha vida nesse encontro”.