Saúde promove oficina para debater indicadores materno-infantil

Saúde
30/08/2017 17h59

Cumprindo com o compromisso de melhorar cada vez mais o atendimento ao usuário na Atenção Básica, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoveu nesta quarta-feira, 30, a Oficina Materno-Infantil, com a participação de todos os coordenadores dos programas que fazem parte da Rede de Atenção Primária (Reap) e das apoiadoras das oito regiões de saúde de Aracaju. O encontro aconteceu durante todo o dia na ONG Ciranda da Paz, localizada no povoado Areia Branca, com o objetivo de discutir os indicadores atuais e planejar ações futuras que possam ajudar a reduzir os índices de mortalidade materna e infantil na capital.

Pela manhã, os integrantes do Núcleo de Projetos Inovadores (Nuprin) estiveram na oficina realizando uma dinâmica de grupo que emocionou a todos. A ideia foi sensibilizar os participantes para as questões materno-infantis, de modo que pudessem vivenciar isso enquanto sujeitos e enquanto gestores. “Convidamos a todos para refletir sobre as dores provocadas por perdas e ao mesmo tempo iniciar uma discussão de como pode ser potente o trabalho da gestão se conseguirmos traduzir os indicadores da saúde em histórias de vida que atravessam cotidianamente os sujeitos-usuários. Acreditamos que para a criação de um fórum perinatal quanto mais afeto e conhecimento envolvidos, maior o alcance e as possibilidades de reverberar positivamente na produção de cuidado e vida”, disse Murilo Andrade, coordenador do Nuprin.

Na sequência foram apresentados alguns indicadores, como números de mortalidade materna, mortalidade infantil,  consultas de pré-natal e de crianças que nasceram com baixo peso. “A partir desses dados nós conseguimos identificar quais os bairros de Aracaju onde a gente tem mais vulnerabilidade e, desta forma, podemos agora planejar um trabalho mais intenso com essa população, garantindo assim um dos princípios do SUS, que é a equidade. Vamos começar pela população que realmente necessita mais e colocar em prática tudo aquilo que foi pactuado com o Ministério da Saúde através da Qualineo, uma estratégia que visa diminuir a mortalidade neonatal e qualificar o atendimento ao recém-nascido nas maternidades”, explicou Cristiani Ludmila Borges, coordenadora do Programa Saúde da Mulher.

De acordo com a coordenadora da Reap, Monalisa de Oliveira Fonseca, o encontro foi também um primeiro passo para pensar em um evento maior, com discussões mais ampliadas a respeito do tema e a participação de outros órgãos e segmentos da sociedade. "Vamos trabalhar na reconstrução da linha de cuidado materno-infantil na Rede Básica e, para isso, estamos buscando resgatar os profissionais para que eles nos ajudem no acompanhamento desses indicadores. Além disso, hoje foi um primeiro momento para construir a proposta de um Fórum de debates envolvendo Ministério Público, Conselhos de Saúde, profissionais da saúde e a sociedade”.

Para a assistente social Larissa Brito, o evento promoveu um importante momento de sensibilização e reflexão. “O conhecimento sobre todas as questões expostas aqui na oficina traz pra gente a necessidade de refletir sobre o cuidado com essas mães e com essas crianças. Enquanto profissional da área de saúde, essa sensibilidade é fundamental para que a gente consiga oferecer um melhor atendimento a população”.