Na tarde desta quinta-feira, 30, ocorreu a abertura do III Simpósio Brasileiro de Assistência Social. O evento, que já esteve em Salvador e Recife, tem agora Aracaju como sede e acontece até esta quinta-feira, 31, no Hotel Radisson, na Orla da Atalaia.
Organizado pela CRF consultoria, o encontro reuniu grandes nomes da assistência social brasileira, como as ex-ministras Tereza Campello e Márcia Lopes, teve como tema ‘O congelamento dos investimentos na Assistência Social’ e denunciou a falta de planejamento orçamentário e financeiro por parte do governo federal e a falta de equipes em todo o território nacional, o que dificulta os serviços tipificados.
Levando em consideração a inserção da cultura local, se apresentaram no simpósio o grupo de idosos do bairro Orlando Dantas, ‘Guerreiros da Melhor Idade’.
De acordo com André Dórea, coaching e representante da CRF, trata-se de um encontro de grande porte na cidade de Aracaju, que tem trabalhado no sentido de reconstruir a política da assistência é muito importante. “Nós temos uma felicidade em perceber o quanto as pessoas acreditaram nesse espaço de discussão e se colocaram à disposição para aprender mais. Sabemos que Aracaju é uma terra de gente guerreira, que não se vende e não se rende. Quero agradecer à vice-prefeita e secretária, Eliane Aquino, por realizar um trabalho que contribui tanto para o Serviço Único da Assistência Social (SUAS)”.
A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Dilma, Tereza Campello, palestrou sobre o tema ‘SUAS – Avanços, retrocessos e desafios’ e explicou que as tentativas de desmontes dos direitos adquiridos dos cidadãos por parte da União são extremamente nocivas. “Primeiro de tudo, nós precisamos qualificar a rede de assistência, para que mais pessoas possam ser assistidas, e não ao contrário como vem sendo feito. Os primeiros dados que começam a demonstrar o sofrimento da população com essa gestão que beira a irresponsabilidade é que uma a cada cinco famílias brasileiras não tem renda. Imagine você sobreviver sem renda nenhuma. Para que o nosso país continue a avançar é que nós não podemos parar. Nós temos que andar para frente e nunca deixar de sonhar. Nós temos que muito para avançar ainda”.
Eliane Aquino acredita que o III Simpósio Brasileiro da Assistência Social tem muito a acrescentar à sociedade aracajuana. “Nós estamos trabalhando com a temática da assistência social de uma forma muito forte. Estamos trabalhando em uma reconstrução da cidade de Aracaju, no meio de toda essa desconstrução no cenário nacional. Nós temos um desafio muito grande, que é o de trabalhar esse fortalecimento da política de assistência sem o assistencialismo e esse evento vem para mostrar que é possível trabalhar dessa forma, oferecendo serviços de qualidade, não como favor, mas como direito que é garantido às pessoas”.
Lara Aguiar é coordenadora da proteção básica da Secretaria Municipal da Assistência e sai bastante satisfeita com a capacitação que recebeu durante o seminário. “Esse é um evento a nível nacional e ela fará uma leitura de toda a nossa política nesse contexto que estamos vivenciando, que é o de desmantelo daquilo que a gente acredita enquanto proteção social. É um espaço de reflexão de capacitação enquanto trabalhadores da assistência social.
