Saúde promove treinamento para pesquisadores da Viva Inquérito 2017

Saúde
31/08/2017 15h19
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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através do Núcleo de Prevenção de Violências e Acidentes (Nupeva) da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi), está se preparando para a pesquisa nacional sobre Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) Inquérito 2017. Para isso, está sendo realizado um treinamento para os pesquisadores selecionados através de processo seletivo simplificado realizado pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). A capacitação acontece nesta quinta-feira, 31, e sexta, 1º de setembro, no Centro de Educação Permanente em Saúde (CEPS).

A pesquisa Viva Inquérito 2017 será realizada no período de 5 de setembro a 4 de outubro no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva. “Foram selecionados quatro profissionais e 24 estudantes de Enfermagem, Medicina, Fisioterapia e Fonoaudiologia. Os profissionais serão os supervisores de campo e os estudantes, os coletadores de dados através de um questionário. É um estudo transversal descritivo sobre vigilâncias de violências e acidentes que aparecem nos serviços sentinelas de urgência e emergência  para atendimentos de causa externa. Aqui em Aracaju foram selecionados o Huse e o Nestor Piva”, informou a referência técnica do Nupeva da SMS, Lidiane Gonçalves Ferreira de Oliveira.

O treinamento é para demonstrar a importância da pesquisa, mostrar o resultado da Viva Inquérito 2014 e alinhar os questionamentos. “Esta capacitação é importante para apurar o olhar e fazer com que os pesquisadores tenham as ideias alinhadas para preencher corretamente os formulários para depois sabermos qual é o cenário sergipano e dimensionar o tamanho do problema para fazermos políticas públicas mais efetivas”, explicou a facilitadora Patrícia Lima, técnica do Núcleo Estratégico da Secretaria de Estado da Saúde (NEST/SES).

Pesquisa

Segundo Lidiane Gonçalves, a pesquisa é nacional e será realizada em 26 capitais, no Distrito Federal e em 14 municípios brasileiros. Já está em sua 6ª edição.  “Aracaju participou de todas: em 2006, 2007, 2009, 2011, 2014 e agora 2017. O principal objetivo é traçar o perfil das vítimas de violências e acidentes, traçar o perfil epidemiológico destas vítimas, o autor da agressão, descrever algumas características demográficas, quais são os fatores de risco de violências e acidentes que são consideradas um grave problema de saúde pública. E, a partir disso, serão elaborados alguns indicadores para o monitoramento da vigilância de violências e acidentes e fazer a prevenção desses agravos”, enfatizou.

 Para a referência técnica do Nupeva, é uma pesquisa fundamental com o intuito de coletar informações sobre agravos. “Trata-se de uma amostra probabilística para subsidiar políticas públicas voltadas para a área da saúde que são direcionadas para todos os tipos de acidentes, seja queimadura, seja um acidente de transporte, seja a questão da queda, principalmente em idoso, acidentes de trabalho, acidentes no percurso de trabalho, se é problema de infraestrutura, caso tenha um buraco na rua ou se é falta de atenção mesmo, se a pessoa cai muito na residência, acidentes domésticos em crianças, enfim são vários questionamentos e assim teremos uma análise de tendência. Qual a tendência das violências aqui em Aracaju? Onde mais acontece? Qual o perfil destas vítimas? Qual a faixa etária?”, completou Lidiane.

O estudante do 10º período de Enfermagem, Lucas Santos Lima, já participou da pesquisa anterior e foi selecionado novamente. “É uma pesquisa muito boa também do ponto de vista do aluno porque aprendemos a conversar com o paciente, nos dá mais experiência para quando formos profissionais já sabermos identificar uma pessoa vítima de violência. Aprendemos quais os tipos de agressor e suas características, por exemplo. É algo muito interessante para as nossas vidas”, opinou Lucas.