Assistência apresenta serviços dos Cras para profissionais da Casa da Doméstica

Família e Assistência Social
14/09/2017 13h38
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Informar a população tem se mostrado como melhor caminho a ser trilhado quando o assunto são os serviços oferecidos pelo poder público. Principalmente quando o foco são os cidadãos em maior situação de vulnerabilidade. Pensando nisso, a Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, em parceria com a Casa da Doméstica, realizou na manhã desta quinta-feira,14, uma roda de conversa com as profissionais do lar para falar sobre os programas ofertados para as famílias de baixa renda através do Cadastro Único.

O Cadastro Único se tornou a porta de entrada para uma série de benefícios, sendo o Bolsa Família o principal deles. De acordo com a coordenadora do Cras Gonçalo Rollemberg, Wankenia da Silva Barreto, a iniciativa é mais uma maneira de proporcionar conhecimento às mulheres sobre as ofertas dos Centros de Referência da Assistência Social do município. “Muitas delas não fazem a mínima ideia de que podem receber alguma ajuda ou incentivo, seja com o amparo financeiro ou apenas acompanhamento socioassistencial. Por isso, estamos buscando conversar com instituições, ONGs e associações para fazer este trabalho informativo nos locais onde as pessoas frequentam. Estamos fazendo o caminho inverso, indo onde o povo está”, conta.

A Casa da Doméstica existe há quase 30 anos e em sua trajetória já cadastrou cerca de 13,5 mil profissionais, sendo a maioria mulheres líderes de família em situação de pobreza ou extrema pobreza. Rejane Costa, assistente social da instituição, entende como importantes essas ações de aproximação, oportunizando o acesso a pessoas que muitas vezes não têm como chegar ao equipamento até mesmo por falta de dinheiro para passagem de ônibus. 

“Além da formação da profissional doméstica, nós sempre buscamos nos integrar com as ações desenvolvidas pelas secretarias do município para trazer às trabalhadoras cursos profissionalizantes e esclarecimentos sobre os direitos delas enquanto cidadãs, como o recebimento do Bolsa Família, por exemplo”, explica a assistente social. 

Rosimeire Santos é moradora do Santa Maria e doméstica há tantos anos que não sabe mensurar. Antes como mensalista, ela teve que deixar o trabalho fixo diante um grave problema de saúde que deixou o marido inválido após um AVC. “Procurei a Casa da Doméstica porque tive que achar faxinas que não comprometessem meu tempo todo, pois além de ter que cuidar do meu marido, ainda cuido de dois irmãos que têm uma doença rara no sangue e precisam de transfusão a cada dois meses e acompanhamento sempre de perto. Fora os filhos que tenho que dar conta, né? Hoje eu recebo o Bolsa Família e foi bom saber que posso usufruir muito mais do Cras”, comemora.