A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Programa de Saúde Bucal, iniciou nesta segunda-feira, 16, a 7ª Semana de Prevenção do Câncer de Boca. As atividades acontecem em cumprimento da Lei Municipal 3764, instituída na gestão anterior do prefeito Edvaldo Nogueira, em 2010, que tem como objetivo alertar a população aracajuana quanto ao diagnóstico precoce, além de estimular ações preventivas e campanhas educacionais relacionadas à doença. Na sala de espera da Unidade de Saúde da Família (USF) Cândida Alves, no bairro Santo Antônio, a manhã começou com muitas palestras sobre o tema, todas proferidas pelas três dentistas que atendem na unidade: Mônica Leão, Mariluce Brito e Juliana Reis.
O que é o câncer de boca, a prevenção, os fatores de risco, os sintomas e os tratamentos disponíveis foram alguns dos assuntos abordados pelas profissionais. “É importante a gente conscientizar os usuários sobre o tema para que eles consigam detectar a doença ainda no início, quando ainda existem chances de cura. A partir do momento que cada um passa a se conhecer, conhecer o seu corpo e a sua boca, é possível detectar mais facilmente o aparecimento de lesões que possam evoluir para um câncer”, enfatizou Mônica Leão.
A secretária adjunta da Saúde, Ana Débora Santana, também participou da ação e ressaltou que todas as USFs estão participando da Semana de Prevenção, que segue até o próximo dia 20. “Durante essa semana estamos atendendo todos os usuários sem marcação de consulta no sentido de alertar sobre a importância da prevenção do câncer de boca. Até sexta-feira, nós vamos intensificar as atividades educativas e os exames da cavidade oral, com o objetivo de buscar esse diagnóstico precoce”.
A coordenadora do Programa de Saúde Bucal da SMS, Iucema Santana, complementa as informações da secretária adjunta lembrando que os usuários diagnosticados com a doença serão encaminhados ao serviço especializado. “Depois de atendido no consultório da Unidade de Saúde, o paciente que tiver alguma lesão suspeita será encaminhado para o atendimento secundário no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), no Augusto Franco. Lá, o cirurgião buco-maxilo realizará a biopsia que indicará o diagnóstico final e o tratamento adequado”, garantiu.
A dona de casa Rita de Cássia dos Santos ouviu atentamente todas as explicações na sala de espera da USF Cândida Alves. Há alguns anos ela perdeu o avô por causa de um câncer de boca que não foi tratado a tempo. “Essa é uma doença terrível, meu avô perdeu um pedaço da língua, a doença evoluiu e ele não resistiu. Por isso faço questão de transmitir para toda a minha família as orientações que eu ouvi aqui hoje, para que eles, assim como eu, prestem bastante atenção aos sintomas. É muito importante estarmos atentos a todos os sinais”.
Sobre o câncer de boca
O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e da cavidade oral (mucosa, gengivas, palato duro, língua e assoalho da boca). O de lábio é mais frequente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência na parte inferior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente os tabagistas, e os riscos aumentam mais quando o fumante também faz uso de bebidas alcoólicas. Outros fatores de riscos são: idade superior a 40 anos, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal ajustadas.
Os principais sintomas da doença são o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana; ulcerações superficiais com menos de dois centímetros, indolores; manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal; dificuldade para falar, mastigar e engolir.
