Renantique faz viagem na história e impressiona público do Quinta Instrumental

Um passeio pela história através da música. A atração do ‘Quinta Instrumental’ foi o grupo de música antiga renascentista ‘Ranantique’, que se apresentou no projeto da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju)na noite desta quinta-feira, 26. Através da sonoridade de vários instrumentos milenares e peças consideradas sagradas para o mundo da música erudita, o grupo deixou todos impressionados com a sutileza e harmonia das músicas históricas.

Com um repertório diversificado e estilos musicais da Idade Média e do Renascimento, o conjunto Renantique é referência em Sergipe por ser considerado o único grupo especializado em música antiga, reconhecido nacionalmente. Durante a apresentação no Quinta, o grupo fez uma encantadora viagem desde a Grécia Antiga, passando pela música colonial e imperial brasileira até o Nordeste – armorial-medieval.

 

Desde os primórdios da civilização, a música carrega uma certa influência sobre as pessoas. E o Renantique mostra como isso funciona. O grupo apresenta músicas de qualidade com uma sonoridade diferenciada, mas acessível a qualquer público. Peças como Hymne à Némésis, Prpinàn de Melyor, Greensleeves e Romances da Bela Infanta e Minervina fizeram parte do repertório do conjunto.

O líder do conjunto, Emmanuel Vasconcellos, expressou gratidão pelo convite da Funcaju para participar do projeto. Segundo ele, o Quinta Instrumental é uma forma dos artistas instrumentistas mostrarem o seu trabalho. “Esse é um belíssimo projeto, que tem uma ótima proposta. A Funcaju está de parabéns. Somos muito gratos pelo convite para participar, pela receptividade. Nunca fomos tão bem recebidos em um evento como fomos desde o início das nossas conversas. É um projeto com um objetivo muito legal, que além de mostrar os trabalhos dos nossos artistas ainda fortalece as artes e a cultura, principalmente com a linguagem musical instrumental”, observa.

 

Durante a apresentação, o grupo explicou do que se tratava o período, as canções, o comportamento da sociedade durante o período e utilização das músicas e também apresentava o contexto cultural dos períodos através das músicas. “A música é a principal arte do mundo. Não devemos utilizá-la apenas como um recurso que desperta sentimentos, mas também como estratégia de promoção pedagógica. Essa apresentação do grupo Renantique faz justamente isso. É uma forma de levar a boa sonoridade dos instrumentos antigos, mas que ainda fazem parte das nossas músicas, mas também mostrar um pouco sobre a história da música”, explica o presidente da Funcaju, Silvio Santos.

O advogado João Arruda participou pela primeira vez do evento e aprovou a iniciativa da Prefeitura e da Funcaju. Para ele, esse tipo de projeto e também a ativação do Centro Cultural como ferramenta de produção de eventos culturais era o que de fato estava faltando na cidade. “Eu trabalho aqui próximo, mas nunca tinha andado aqui. Fiquei sabendo da apresentação do grupo Renanquite e aproveitei para conhecer o projeto e o Centro Cultural de Aracaju que por muito tempo ficou esquecido. Que bom que a Funcaju se preocupou em ocupar esse espaço com as artes. Esse tipo de evento é muito importante, principalmente para saciar o desejo de um público que nem sempre tem opção”, destacou.

 

 

Desenvolvido através do planejamento estratégico realizado pela Prefeitura Municipal de Aracaju, juntamente com a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), o Quinta Instrumental nasceu com o propósito de ocupar o Centro Histórico da capital sergipana com as diversas linguagens das artes. E, em um curto espaço de tempo, tornou-se um atrativo na agenda cultural, oferecendo aos aracajuanos e turistas uma música de qualidade e totalmente gratuita.

 

O evento sempre acontece nas quintas-feiras, exceto nos feriados, no Centro Cultural de Aracaju (antiga Alfândega), localizado na Praça General Valadão, no Marco Zero de Aracaju, às 19 horas.