No início do ensino fundamental as crianças aprendem a ler com desenvoltura, a escrever, interpretar e a ter habilidades com os números. A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem tido especial atenção para programas e projetos que promovam uma transformação efetiva na aprendizagem dos estudantes.
No mês de fevereiro de 2017, a Semed realizou a primeira reunião para planejamento e alinhamento de ações pedagógicas para todas as 74 escolas da rede municipal de ensino. O objetivo foi o de integrar a rede municipal da educação de Aracaju, uni-la a um projeto pedagógico alinhado e sedimentado em pilares norteadores para otimizar a proficiência, de fato. A partir daquela data, são realizadas reuniões mensais com o mesmo objetivo.
A secretária municipal da Educação, Cecília Leite, conta que a Educação de Aracaju foi encontrada esfacelada estruturalmente: muitas escolas sem professores lotados, outras sem equipe de secretariado, além de escolas sem merenda, transporte e sem terminar o ano letivo. Para ela, anos de abandono podem ainda refletir na proficiência dos mais de 30 mil estudantes da rede, mas que medidas estão sendo tomadas para que essa realidade mude.
"Isso reflete, sem dúvida, na aprendizagem dos estudantes que enfrentaram, inclusive, algumas greves, em 2016. Tivemos que restabelecer as aulas e concluir o ano letivo de 2016, ao mesmo tempo em que tivemos que correr contra o tempo para lotar professores e equipes administrativas. O nosso grande desafio está sendo fazer toda a rede caminhar no mesmo passo, integrada e com projetos efetivamente relevantes para a aprendizagem dos nossos estudantes que não podem ser prejudicados, afinal, eles são a prioridade absoluta da gestão do prefeito Edvaldo Nogueira", revela a secretária Cecília Leite.
Foi neste cenário que a Semed investiu em um conjunto de ações que objetivam melhorar significativamente a proficiência dos alunos da rede. A coordenadora do Ensino Fundamental da Semed, Ana Débora França, explica que o trabalho foi minucioso. "Nós fizemos um trabalho detalhado de distinção das necessidades das escolas e isso nos permitiu elaborar o planejamento do segundo semestre de modo a galgar bons resultados e expandirmos por toda a rede conjuntamente", conta a coordenadora.
Prova diagnóstica
Foi para conferir a proficiência da aprendizagem dos estudantes da rede, possibilitando que a Semed possa fazer investimentos corretos e de acordo com as necessidades encontradas individualmente em cada escola, que foi realizada a Prova Diagnóstica. A avaliação foi dividida por áreas de conhecimento. Nas turmas do 3º ano foram examinadas a alfabetização e letramento - leitura e escrita - em Língua Portuguesa e Matemática. Já nas séries dos 5º e 9º anos estão sendo avaliados o nível de leitura em Língua Portuguesa, e a resolução de problemas em Matemática. Ela foi aplicada nas turmas dos 3°, 5° e 9° anos, do ensino fundamental, de 42 escolas da rede de ensino, para avaliar o nível de conhecimento dos estudantes.
De acordo com o diretor do DEB, Manuel Prado, a prova diagnóstica possibilitou compreender as necessidades e as deficiências na educação do município. "Isso faz parte de uma série de ações que estamos desenvolvendo para qualificar a gestão da sala de aula. Vamos comparar esses resultados com os últimos obtidos na Prova Brasil e na Avaliação Nacional da Avaliação (ANA), aplicadas pelo INEP, e, a partir desse ponto, vamos direcionar os esforços para que os alunos aprendam e para minimizar nossas necessidades", esclarece o diretor.
Pacto Nacional pela Alfabetização
No segundo semestre, em reunião no Ministério da Educação, a secretária Cecília Leite assinou o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. A iniciativa é um compromisso formal do Governo Federal com os estados e municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. A secretária explica como esse pacto vai funcionar.
"Nós assinamos o Pacto, mas já estávamos, desde que assumimos a gestão da Educação de Aracaju, desenvolvendo atividades de fortalecimento da aprendizagem nos anos iniciais. Nós estabelecemos o monitoramento e a avaliação periódica dos nossos alunos e estamos trabalhando também na perspectiva de valorização das escolas e dos profissionais comprometidos com a elevação dos índices de alfabetização dos nossos estudantes", explica.
Aula Digital
Em julho, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, assinou o termo de adesão do município de Aracaju ao projeto Aula Digital, iniciativa do Governo do Estado em parceria com a Fundação Telefônica Vivo. A ação irá beneficiar 18,5 mil estudantes de 310 escolas em 28 municípios e consiste no desenvolvimento de conteúdos digitais e de dispositivos tecnológicos com objetivo de facilitar o acesso à educação de qualidade para crianças e adolescentes de regiões vulneráveis. Em Aracaju, alunos de 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental em 14 escolas municipais serão beneficiados.
Para a secretária Cecília Leite, esse foi um importante passo em prol da aprendizagem. "Aracaju tem orgulho e satisfação de aderir a este programa, que insere as nossas crianças no processo de uso da tecnologia na Educação. Esse é um projeto de extrema importância para que a escola reflita o que está acontecendo fora dela, por meio da apropriação de novas tecnologias da informação e da comunicação pela juventude. Os jovens estão dominando celulares, redes sociais, estão em grupos de Whatsapp, estão rodeados de tecnologias, então, vamos utilizar essas ferramentas integrando-as às pedagógicas para fortalecer a aprendizagem desses alunos", enfatiza a secretária.
