Eliane Aquino reúne secretarias para ações em prol do combate à violência

Família e Assistência Social
30/10/2017 17h10
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Nesta segunda-feira, 30, a vice-prefeita e secretária municipal da Assistência Social de Aracaju, Eliane Aquino, reuniu representantes das secretarias municipais da Saúde, Educação (Semed), Indústria, Comércio e Turismo (Semict), Defesa Social e Cidadania (Semdec) e da Juventude e do Esporte (Sejesp), da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), e da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Funcaju) para sistematizar ações em prol do combate à violência na capital sergipana.

De acordo com o Fundo Brasileiro de Segurança Pública, em relação ao ano de 2015, Aracaju aumentou em 19,7% o número de homicídios dolosos. Motivada principalmente por questões de cunho social, estudos indicam que a violência tende a se instalar em uma comunidade onde os indicadores de desenvolvimento humano são mais baixos.

"Na secretaria da Assistência Social nós trabalhamos com o foco na promoção e garantia de direitos das pessoas em maior situação de vulnerabilidade social. Entendemos que, mais do que combater de forma repressiva os atos de violência, precisamos que a população aracajuana tenha acesso aos seus direitos de forma digna, e isso perpassa também pelo trabalho de outras áreas, mas que estão intimamente ligadas conosco, como a Educação, Saúde e Cultura, Juventude e Esporte e Formação para o Trabalho", pontuou Eliane Aquino.

Observatório Social

A equipe da Diretoria de Planejamento da Secretaria Municipal da Assistência Social tem trabalhado na sistematização dos dados do Cadastro Único de modo a apontar territorialmente onde estão os maiores índices de vulnerabilidade em Aracaju. Através da estruturação de um "Observatório Social', que é um núcleo específico voltado à análise de dados e levantamentos estatísticos, a secretaria pretende traçar prioridades de atuação, tendo como base os maiores pontos de gargalo apontados através dos resultados das análises.

"Nós não podemos trabalhar às cegas, por isso fiz questão de ter na Assistência um grupo de pessoas capacitadas para atuar de forma estratégica. Nós estamos nos ajustes finais para o lançamento do Observatório para a sociedade e eu tenho certeza que ele será de grande valia não só para a execução dos serviços da assistência social, mas também para as outras pastas da Prefeitura de Aracaju e para disseminação de informação entre outros entes da sociedade. Inclusive, estamos num processo avançado para que o Observatório seja desenvolvido com a parceria da Universidade Federal de Sergipe", observa Eliane.

Para a secretária adjunta da Saúde, Ana Débora Santana, o trabalho intersetorial só tem a melhorar a atuação da administração municipal nos locais em maior em situação de risco. "Eu fico muito feliz dessas ações estarem tomando forma, principalmente com essa coleta e sistematização tão rica de dados. A Prefeitura, como um todo, precisa caminhar pautada nas necessidades da população e essas necessidades não versam apenas sobre cada secretaria separada. Os usuários dos nossos serviços são os mesmos, e quanto mais nós pudermos unir forças para a execução dos trabalhos, faremos".

Importância do Cras

Os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) são unidades coordenadas e mantidas pela Secretaria de Assistência Social, que têm o objetivo de serem centros de apoio à população. Atualmente, em Aracaju, existem 16 Cras espalhados de forma estratégica para atender toda a cidade. É o Cras que pode acompanhar de forma permanente o relacionamento das famílias da região com a comunidade, fazendo com que os vínculos sejam fortalecidos em cada território. Dentre as ações desenvolvidas cotidianamente estão atividades com as crianças e adolescentes, que frequentam o espaço no contraturno escolar, e com os idosos, que buscam no Centro de Referência atividades que os auxiliam a vivenciar melhor essa fase da vida. É no Cras, por exemplo, que a população pode realizar sua inscrição no Cadastro Único, visita as residências e está com as portas abertas para as mais variadas necessidades da população.

Deliberações

Através da coleta de dados do CadÚnico e da produção do Observatório Social foi possível detectar, por exemplo, que o bairro Santa Maria possui indicadores que merecem uma atenção especial e, por esse motivo, necessita de uma maior concentração de políticas públicas. Sendo assim, ficou definido na reunião que cada pasta levará alternativas de combate à violência para um próximo encontro com gestores, que acontecerá no dia 7 de novembro, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) do bairro Santa Maria.