Programa de Imunização trabalha para prevenir e manter erradicadas doenças em Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
22/12/2017 10h00

Foi na década de 1960 que ficou claro que campanhas de vacinação tinham o poder de erradicar doenças como, na época, foi o caso da varíola e, tempos depois, a poliomelite, o sarampo, o tétano e tantas outras. Assim, em 1973, o Ministério da Saúde (MS) formulou e passou a aplicar o Programa Nacional de Imunização (PNI), com o objetivo de coordenar ações de imunização por todo o país, ações estas que vêm sendo desenvolvidas de forma ampla pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) durante todo o ano.

Na capital, o programa é desenvolvido por meio da Rede de Atenção Primária e tem como uma das principais tarefas reabastecer as unidades de saúde com as vacinas que são disponibilizadas pelo Estado. "Ao todo, temos 42 salas de vacinação por toda a cidade e funcionam dentro das unidades de saúde. Atendemos todas as faixas de idade com o intuito primordial de prevenir e evitar que, por exemplo, doenças já erradicadas voltem a ser um problema", afirmou a coordenadora do Programa de Imunização da SMS, Ilziney Simões.

Para a coordenadora, o programa ganhou credibilidade com o passar dos anos, principalmente pelos resultados positivos que demonstrou. "Muitas doenças não são mais evidentes, justamente por conta das campanhas de vacinação que realizamos todos os anos. Quando falo em campanha, não falo apenas do ato de vacinar, mas também de todo um processo de conscientização e instruções que passamos para a população. É muito importante que, além das pessoas se protegerem, elas saibam a razão pela qual se vacinam e, assim, formamos uma espécie de corrente, já que uma pessoa passa a informação para outra e damos seguimento ao alerta", explicou Ilziney.

Segundo a coordenadora do PNI em Aracaju, o fato de o programa ser nacional auxilia na rede de dados e, consequentemente, na oferta das vacinas. "Através do programa, temos o controle do que é ofertado e quais as necessidades de cobertura. Todos os dados são passados para o Ministério da Saúde que, depois de consolidá-los, pode nos fornecer o quantitativo de vacinas suficiente para cobrir atender a população de Aracaju", destacou.

Campanhas

Durante o ano, duas campanhas são realizadas com maiores proporções. No primeiro semestre, o MS, juntamente com as secretarias da Saúde dos municípios, realiza Campanha de Vacinação Contra a Influenza ou campanha contra a gripe que, neste ano, aconteceu entre os dias 17 de abril e 9 de junho, e teve como público alvo crianças de seis meses a menores de cinco anos; gestantes; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhador da área da saúde; pessoas com 60 anos de idade ou mais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estão sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional; portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade, e professores das escolas públicas e privadas que estão em sala de aula.

Já no segundo semestre, as ações se voltam para a Campanha de Multivacinação que, em 2017, aconteceu entre 11 e 22 de setembro, e o principal objetivo foi atualizar as cadernetas de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).

Apesar das campanhas serem voltadas para públicos muito específicos, Ilziney Simões alertou sobre a importância de todos regularizarem as cadernetas de vacinação. "Muitas doenças, como o sarampo, por exemplo, que não temos casos desde 2016, podem voltar, caso as pessoas não estejam protegidas. E só quem protege é a vacina. Então, é importante que as pessoas se desloquem para uma unidade de saúde para atualizar a caderneta de vacinação para que, assim, possamos manter o equilíbrio que construímos até aqui. Na saúde, nós sempre trabalhamos com o mote da prevenção, independente da área de atuação, por isso, as pessoas devem estar atentas sempre", reforçou.

Monitoramento Rápido de Vacinação

Após a finalização de cada campanha, a SMS realiza o Monitoramento Rápido de Vacinação, também conhecido como Busca Ativa que, nada mais é do que um aprimoramento dos resultados obtidos durante as campanhas. Através dele, equipes de cada Unidade de Saúde da Família (USF), percorrem cada região e, no caso da Multivacinação, entrevistam 50 crianças e adolescentes para saber qual delas não foi vacinada, caso algumas delas não tenha sido, a vacina é aplicada.

"Em termos gerais, isso auxilia para que possamos chegar a 100% de cobertura que temos como propósito a cada campanha", completou Ilziney.