Educarte: projeto integra escola Sérgio Francisco à comunidade do Lamarão

Educação
30/01/2018 17h50
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A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sérgio Francisco, localizada no bairro Lamarão, é um forte exemplo de como uma escola engajada à comunidade de seu bairro consegue bons resultados na educação de seus alunos e também de outros moradores, além de criar o sentimento de zelo e pertencimento, estimulando a cultura de paz.
 
Contando com o apoio e a participação da Coordenadoria de Arte e Educação (Coarte/Semed), há cerca de seis meses a Emef vem desenvolvendo o Educarte, comitê que busca, através de manifestação artísticas e projeto inclusivos, promover uma comunidade escolar mais integrada e o envolvimento da comunidade com o espaço escolar.
 
Todas as quartas-feiras, alunos, professores, diretores, moradores do Lamarão e o Conselho de Segurança do bairro reúnem-se para discussão de assuntos que agreguem à rotina da escola e gerem benefícios para a comunidade. Foi em uma dessas reuniões que eles decidiram realizar o I Curso de Informática oferecido aos pais, alunos e funcionários da Sérgio Francisco, que será encerrado nesta quarta-feira, 31. Desde que o Educarte surgiu, já foram realizadas oficinas de dança, teatro, a criação da banda marcial da escola, aulas de capoeira, caminhadas de conscientização e o projeto Mídia Livre.

O coordenador da Coarte/Semed, Rivaldino Santos, destaca que o Educarte integra a comunidade escolar e gera um sentimento de pertencimento. “A arte é uma ferramenta poderosa para a educação. A Sérgio Francisco está agindo como um instrumento para a função social, fazendo ponte entre escola e a comunidade. Através do Educarte, percebemos que há um estreitamento nas relações entre os que fazem parte da escola, deixando a convivência entre todos mais saudável e causando sensibilidade em se perceber o outro, compreender as necessidades alheias”, explica.

Como coordenadora da Emef Sérgio Francisco, Leila Cristina Monteiro, enfatiza o fato de que, após as reuniões do Comitê, os estudantes estarem mais envolvidos com a escola, refletindo em melhorias de diversas formas. “Depois que passamos a fazer as reuniões do Educarte e realizar os projetos, a funcionalidade na escola melhorou muito, tudo mudou. Nossos alunos e seus pais estão bem mais participativos. Além disso, tivemos avanço em relação à disciplina, a organização e ao cuidado com a escola. É nítido que todos que fazem a comunidade escolar fazem questão de se aproximar mais do que a escola tem a oferecer hoje”, relata.

Capacitação para todos

Funcionário da escola na função de auxiliar de serviços gerais, Diego Melquiades é também instrutor da banda marcial na Emef. Ele foi um dos alunos do curso de informática e conta que a capacitação chegou no momento certo. “Estava precisando estudar e melhorar meu currículo. Com um curso de informática fica mais fácil as portas se abrirem e a gente crescer. É uma vantagem. Outro ponto positivo é que aprendi muitas coisas novas, vi que a informática pode me ajudar muito no conhecimento e no meu dia dia”, declara.

O presidente do Conselho de Segurança do Lamarão e ministrante do curso, Ciro Bispo, explica que os alunos estão recebendo certificados de 30 horas. De acordo com ele, dia 19 de fevereiro será iniciada outra turma e, após seu término, haverá uma seleção com cinco pessoas que participaram para a formação de um curso de manutenção de computadores e rede. “Está sendo uma experiência muito boa. É uma oportunidade em que a gente não só ensina, mas aprende também. Tenho aqui alunos de 11 anos até mais de 50. O Diego, por exemplo, tinha um pouco de dificuldade no começo e foi me surpreendendo. Foi a segunda maior nota na primeira avaliação”, ressalta.