Bloco do Papelão anima festa carnavalesca do Cras Enedina Bonfim

Na manhã desta sexta-feira, 9, os usuários do Cras Enedina Bomfim, localizado no Bairro América, contaram com um verdadeiro carnaval de rua. Acompanhados do tradicional Bloco de Papelão, crianças, adolescentes e idosos percorreram algumas das ruas dos arredores do equipamento, dançando ao som das famosas marchinhas, alegrando também a comunidade, que foi às portas para conferir de perto tanta alegria e animação.

Idealizado pelos educadores e técnicos do centro de referência, a festa teve a aprovação unânime de todos. “Este é um encontro intergeracional, onde todo o público atendido aqui no Enedina Bomfim está participando. Nós fabricamos desde as máscaras e fantasias, até os confetes, envolvendo os usuários no processo e mostrando a importância da confraternização e do respeito entre todas as idades. Sempre colocamos em pauta, em nossa agenda, o fortalecimento do envolvimento com a comunidade. Por isso estamos saindo dos limites dos muros do Cras para mostrar a população o quê e quem faz parte dos nossos serviços”, destacou a coordenadora do Cras, Elizabeth Ribeiro.

O líder comunitário Chico do Papelão, como é mais conhecido, é idealizador do Bloco do Papelão e logo que soube da folia, já se pôs à disposição. Ele afirma que já são muitos anos participando das atividades do Cras e neste seria diferente. “O Bloco do Papelão já é patrimônio cultural da região. Mas não ficamos só neste trabalho. Enquanto referência, sempre estamos ajudando as pessoas da localidade a acessar os serviços do Enedina Bonfim. É uma parceria de outros carnavais, não dá pra ficar de fora”.

Enquanto as crianças e adolescentes corriam e brincavam, a aposentada Maria Creuza dos Santos aproveitava para se divertir e rever os amigos. “Já estou aposentada e depois de um incidente em minha família, com um filho que veio a falecer, eu fiquei muito triste. Vir para o Cras é a chance de me revigorar e sair de casa para esquecer os problemas. Este sim é o verdadeiro sentido do carnaval de rua”, observou sorridente.

Bom para quem participa ativamente, bom para quem está na comunidade também. De acordo com o estudante Marcos Silva, ações como esta são uma forma de criar laços de união. “É muito bom porque movimenta dentro e fora do espaço do Cras. Por ser um bairro mais necessitado, acredito que se este tipo de coisa não existisse, o bairro não seria o mesmo”.