Na manhã desta segunda-feira, 26, a vice-prefeita e secretária da Assistência Social, Eliane Aquino, se reuniu com os representantes das secretarias municipais da Saúde (SMS), Educação (Semed) e da Indústria, Comércio e Turismo (Semict) para discutir a possibilidade de implantação de um Sistema Integrado de Gestão do Município, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI). A instituição não-governamental, sem fins lucrativos, elabora programas para áreas como educação, saúde pública e economias criativas, voltados à integração, fusão de dados e um melhor monitoramento e planejamento da administração pública.
Com base na proposta do IPTI, a perspectiva é de que até 2020 o projeto auxilie na tomada de ações e decisões acerca do investimento de recursos municipais. “Nossa reunião foi para conhecer o sistema, que já é operacionalizado em outros municípios, na área da Educação, e tem obtido êxito. Pensamos em estender também para a Assistência e Saúde, ou seja, toda a nossa rede de atendimento, como forma de organizar e buscar um cumprimento mais à risca de nossas condicionalidades para a área da infância. Assim poderemos fiscalizar mais de perto e até cruzar informações para os nossos relatórios de desempenho”, destacou Eliane Aquino.
O secretário da Semict, Jorge Santana, explicou que a possível contratação traz à administração informações de apoio à decisão, uma vez que são áreas que têm interfaces muito características. “Estamos avaliando ainda a viabilidade da solução que o IPTI já dispõe, que se chama Tecnologia de Apoio à Gestão, mais conhecida como TAG, e que trata de um gerenciamento escolar. Se a secretaria de Educação aderir à plataforma, poderá ser o nosso primeiro passo e no contexto desta contratação, as demais áreas seriam contempladas. A vice-prefeita e secretária da Assistência Social, Eliane Aquino, acredita em uma administração integrada e nós concordamos com este pensamento. Por este motivo, a nossa ideia é agrupar estas informações de modo que elas não sejam vistas separadamente, desconectadas como elas estão hoje”.
De acordo com o pesquisador do IPTI, Saulo Barreto, o sistema já existe em 15 municípios e deve atender às expectativas do mote da intersetorialidade. “A ideia principal baseia-se no fato do cidadão não estar vinculado somente a uma área da gestão. Por exemplo, uma pessoa que recebe o benefício do Bolsa Família, que é gerenciado pela Assistência Social, pode perdê-lo caso não cumpra condicionalidades nas áreas da saúde, a exemplo das vacinas, e da educação, frequência escolar. Então, ter acesso a uma plataforma que reúna todas as informações pode auxiliar não só o cidadão, que receberá alertas sobre sua situação, como para a gestão, que passará a ter uma integração de dados”.
Fotos: Danillo França
Saulo Barreto, IPTI