A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) divulgou nesta quarta-feira, 28, que as notificações de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti registraram uma queda de 98% nestes dois primeiros meses de 2018, em comparação ao mesmo período do ano 2016 em Aracaju. O resultado é fruto de um trabalho rotineiro no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, que vem sendo realizado desde o início da nova gestão.
A diretora de Vigilância em Saúde (DVS), Taise Cavalcante, destaca que esta é a menor incidência já registrada nos últimos 11 anos, e que no levantamento comparando o número de casos as três doenças juntas, foram registrados 878 no primeiro bimestre de 2016, contra apenas 18 em 2018. Desses registros, 17 casos são de dengue, um de chikungunya e nenhum do zika vírus.
"Tivemos uma redução muito significativa no número de casos notificados este ano e a mais expressiva foi o do zika. Este resultado positivo é consequência do trabalho intenso e continuado, planejado estrategicamente pela secretaria com os agentes de endemias, com aplicação do fumacê e palestras educativas, junto com os órgãos da Prefeitura de Aracaju. Além disso também é preciso reconhecer a atuação da comunidade, que tem se empenhado no combate ao mosquito e está fazendo a sua parte. Realmente precisamos da ajuda de todos para que o controle dos focos continue e melhore ainda mais", explicou Taise.
Alertas
Embora tenha sido registrada a redução no número de casos das doenças, Taise alerta que a sociedade não pode se acomodar e os cuidados devem ser mantidos o ano inteiro para que não haja a proliferação do mosquito. "Já é comprovado que a transmissão das três doenças é mais veloz no verão, pois o Aedes aegypti se transforma em mosquito adulto mais rápido por causa do calor. Como também estamos passando por um período chuvoso, é importante que as pessoas eliminem toda a água empoçada para não dar tempo do mosquito se desenvolver. Então, apesar da diminuição dos casos, os cuidados devem ser mantidos sempre", reforçou.
Outro alerta que a diretora da DVS faz é em relação às casas que ficam fechadas. Ela lembra que é preciso deixar a lavanderia e baldes tampados, além de qualquer outro tipo de material que possa acumular água. "As pessoas devem retirar tudo do quintal que possa acumular água, como pneus e garrafas, e deixar a lavanderia e os baldes cobertos. Esse cuidado é muito importante para evitar os focos. Em relação as borracharias e ferros velhos, fazemos diariamente a coleta de pneus nesses locais, e a cada 15 dias fazemos visitas em pontos estratégicos para detectar se há aparição de novos focos", complementou.
Mutirão
Durante esta semana, a SMS está coletando larvas nas casas visitadas pelos agentes de endemias para ser feito o segundo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do ano, que dará o diagnóstico em relação a presença do mosquito em Aracaju. "Com o diagnóstico atual, além dos trabalhos diários, temos como intensificar as ações nas áreas de risco da Capital. Estamos fazendo a coleta das larvas esta semana e, em breve, teremos os resultado", garante Taise.
