Saúde alerta sobre prevenção de doenças renais no Dia Mundial do Rim

Saúde
08/03/2018 19h11

"A Mulher e a Doença Renal: Incluir, Valorizar, Capacitar" é o tema escolhido este ano pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para comemorar os dias Internacional da Mulher e Mundial do Rim, celebrados nesta quinta-feira, 8. E como forma de ressaltar a importância de ambas as datas, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), além de promover o evento especial voltado às servidoras, alerta sobre a prevenção de doenças renais.

Segundo a gerente do setor de atendimento aos pacientes renais do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), Vanessa da Cruz Primo, o fluxo se inicia com a consulta clínica nas unidades básicas, para só depois ser encaminhada através do sistema de marcação. "Os atendimentos aqui no Cemar são agendados previamente na Unidade de Saúde do bairro, ou, no município de origem do paciente. Aqui temos a especialidade de nefrologia, com uma capacidade instalada para atendimento de aproximadamente 240 pacientes por mês", detalhou.

A médica nefrologista do Cemar, Soraya Ramalho, explica que a doença renal crônica (DRC) é um problema mundial de Saúde Pública, pois diversos pacientes só a identificam em um estágio avançado. "Ela é silenciosa e acomete muitas pessoas de várias faixas etárias. E é comum ver casos de mulheres que se dispõem a cuidar da família, mas acabam se esquecendo delas mesmas. Assim, uma boa orientação é a prática constante de hábitos saudáveis e o acompanhamento constante, uma vez que os rins são órgãos muito importantes, pois são responsáveis por diversas funções no nosso corpo como filtragem do sangue; controle de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fósforo e magnésio), da pressão arterial e da quantidade de água do corpo; estímulo à produção de glóbulos vermelhos e vitamina D", destacou.

Assim como todo o organismo, o rim envelhece, e estima-se que cerca de 10% da população adulta tem algum grau de perda de função renal em virtude de doenças que envolvem órgão. Esse percentual pode aumentar de 30% a 50% em pessoas acima de 65 anos, deixando evidente que o risco para o aparecimento das DRCs aumenta substancialmente com o envelhecimento. "A ideia central é justamente chamar a atenção para a alta prevalência das DRCs que afligem a população, especialmente entre os mais velhos, por isso prevenir é sempre a melhor opção", reforça a especialista.

Para prevenção, é fundamental dar publicidade aos principais fatores de risco que motivam o desenvolvimento da doença. "Entre esses fatores, devemos destacar a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a obesidade, o tabagismo, o histórico familiar e as uropatias obstrutivas, causadas por problemas uterinos [nas mulheres]. O controle do peso; a atividade física regular; a restrição de sódio, de açúcar e de gordura na alimentação; a ingestão de 1,5 a 2 litros de água por dia, além de exames ginecológicos anualmente (para as mulheres) são pequenas mudanças que podem fazer uma grande diferença no futuro de cada paciente atendido em nossa rede", acrescenta Soraya Ramalho.