Cuidadores são capacitados para atuarem na Educação Especial

Agência Aracaju de Notícias
22/03/2018 12h08
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Nem escolas especiais, nem classes separadas. Para entender a naturalidade de ser diferente é preciso incluir e não segregar. É com essa perspectiva que a Secretaria Municipal da Educação (Semed), através da Coordenadoria de Educação Especial (Coesp), atua com o mote da inclusão na rede municipal de ensino e, para agregar ainda mais qualidade ao trabalho que já vem sendo desenvolvido, capacitações são oferecidas frequentemente para os servidores da área. Tendo início nesta quinta-feira, 22, e seguindo até a próxima terça-feira, 27, o foco da capacitação são os cuidadores que, durante estes dias, serão instruídos justamente sobre educação especial e inclusão. 

No total, a capacitação tem carga horária de 20 horas e nela serão abordadas diversas temática com as quais os cuidadores lidam diariamente. “Começaremos abordando o que é educação especial e o que é educação inclusiva. Aracaju é um município que trabalha na perspectiva da educação inclusiva, então, a gente tem as crianças inseridas na rede regular de ensino. Nossa ideia é que as crianças estejam inseridas nas escolas regulares, mas com atendimento especializado, complementando a necessidade de cada uma delas”, afirmou a coordenadora de Educação Especial da Semed, Thaísa Aragão. 

De acordo com a coordenadora, a capacitação vai apresentar dados históricos e teóricos para que os cuidadores compreendam em que meio eles estão inseridos e o que está relacionado ao trabalho deles. “Muitos deles já têm experiência no trabalho com crianças especiais, no entanto, toda a atenção deve ser dada para a capacitação nessa área. Por isso também, iremos abordar aspectos relacionados aos transtornos mais comuns que eles podem lidar nas escolas, além de destacar questões ligadas à ética, à postura profissional, ao efetivo papel do cuidador, cuidados essenciais na primeira infância, além de noções de primeiros socorros. É uma capacitação abrangente com elementos básicos e necessários para o trabalho deles”, frisou Thaísa. 

Dentro da estrutura das escolas, além do corpo docente, o cuidador se insere nas escolas como um facilitador, uma espécie de mediador que tem como papel auxiliar as crianças a encontrarem os melhores caminhos para o desenvolvimento não só intelectual, mas humano. 

Ana Célia Pereira entende a importância do seu trabalho para a educação das crianças e, como cuidadora, encontrou o seu propósito de vida. Com a capacitação, ela tem a oportunidade de aprofundar ainda mais o seu olhar para as questões que envolvem a inclusão. “Comecei a trabalhar como cuidadora depois de um convite que recebi há oito anos e acabei me encantando com a área. Hoje, tenho como público alvo crianças com autismo, mas já fiz diversos cursos e capacitações para atender a todo tipo de criança especial. Eu acredito que quanto mais nos capacitarmos, melhor. Daí vem a importância dessa capacitação pela qual estamos passando porque, por mais que tenhamos experiência, nunca saberemos tudo, há sempre algo novo para aprender”, destacou a cuidadora. 

Fonoaudióloga por formação, Fernanda Epifânio viu na tarefa de ser cuidadora uma oportunidade de unir a sua profissão à arte, por também ser musicista, e, assim, ajudar no desenvolvimento de crianças com deficiência. “Como sou da área da Saúde, imaginei que esta experiência fosse ser válida para me ajudar no dia a dia como cuidadora. Eu sempre quis trabalhar em escola, meu estágio durante a universidade foi em escola e eu me identifiquei muito. Participar de capacitações com o foco no trabalho como cuidadora é fundamental para que possamos atuar de maneira mais qualificada e, lógico, ajudar ainda mais as crianças que precisam desse suporte”, ressaltou.