Centros de Especialidades Médicas de Aracaju passam por obras de revitalização

Saúde
28/03/2018 16h38
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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através dos recursos de emendas parlamentares recuperados na atual gestão, promove, desde o início deste mês, ações de revitalizações nas duas unidades que integram a Rede de Especialidades Médicas de Aracaju, o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) do Siqueira Campos e o do Augusto Franco. As iniciativas, que visam melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), vão de reformas estruturais até a aquisição de novos equipamentos, como condicionadores de ar e bebedouros.

“Diante do quadro crítico o qual as unidades foram encontradas no início de 2017, e de um número expressivo de demandas reprimidas em todos os nossos estabelecimentos da Saúde, foi necessário fazermos uma readequação no planejamento para execução de reformas, ampliações e revitalizações, por ordem de criticidade das situações. Sendo assim, começamos pelas unidades básicas mais sucateadas, e atualmente as nossas equipes de Infraestrutura já estão atuando nas revitalizações dos dois Cemar’s”, explicou a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza.

Para fazer essa readequação no planejamento descrito pela secretária, os técnicos de engenharia da SMS realizaram uma análise minuciosa em cada unidade da Rede. E foi durante a análise do Cemar Siqueira Campos que a Defesa Civil foi convocada para avaliar um antigo receio dos profissionais que atuam na unidade. “Em fevereiro deste ano, a Defesa Civil fez uma vistoria completa neste Centro, e descartou completamente a possibilidade de comprometimento da estrutura física, como alguns funcionários alegavam. Então quanto ao risco de desabamento, a população pode ficar tranquila”, garantiu a coordenadora da Rede Atenção Especializada, Maria Auxiliadora Brito.

Melhorias planejadas

Maria Auxiliadora esclareceu que, após essa primeira fase, foram iniciadas as primeiras ações de reestruturação da unidade do bairro Siqueira Campos. “Iniciamos no começo deste mês a instalação de uma manta impermeabilizante na cobertura do prédio [800m²], o que vai inibir infiltrações e futuros problemas como o acúmulo de mofos, fungos e bactérias - atualmente encontrados em nossas estruturas. Nos setores onde essa etapa foi sendo finalizada, já iniciamos o mapeamento para darmos início aos serviços de reestruturação como a pintura, por exemplo. É importante reforçar que de nada adiantaria começar essa última parte sem primeiro terminar o reforço no teto da unidade. Se isso fosse feito sem planejamento, as infiltrações logo voltariam a aparecer”, destacou.

A coordenadora de Infraestrutura da SMS, Carla Fonseca, acrescenta que também foram realizados um levantamento cadastral e estrutural da edificação para estudo de fluxos de serviços (sob a legislação RDC 50/2002), e uma nova demarcação de vagas nos estacionamentos, a fim de atender a legislação refere à acessibilidade (NBR 9050/2015). “Além disso, foram iniciadas no Cemar Augusto Franco outras ações de revitalização como revisões hidráulica, elétrica, de cobertura, restauração das instalações de esgoto, limpeza de fossa, nova setorização com divisórias e atendimentos de rotina, como a troca de lâmpadas, de tomadas e de conexões elétricas”, complementou.

Carla destacou ainda que o Cemar Siqueira Campos foi contemplado com 25 aparelhos de ar condicionado de 12 mil BTUS - já em processo de instalação -, e que mais 14 condicionadores serão destinados ao Centro do Augusto Franco, processo que deve solucionar o problema das salas que estão fechadas por falta de climatização.

“Porém, é preciso destacar que muitos serviços realizados pela SMS são tecnicamente estruturantes, e não são aparentes aos olhos de todos, como a pintura de uma unidade, por exemplo. Atualmente, grande parte do nosso trabalho é de duração prolongada, como os reparos nas unidades básicas. Um bom exemplo disso ocorreu no ano passado, onde várias unidades foram alagadas com as chuvas. Este ano, já iniciamos o período chuvoso e, até agora, não recebemos reclamações. Estamos trilhando um caminho árduo, mas de extrema importância para a reestruturação da Saúde de Aracaju”, frisou a coordenadora de Infraestrutura.

Atendimento contínuo

Apesar desse intenso trabalho de reestruturação, a secretária Waneska garante que desde que assumiu a gestão nenhum atendimento deixou de ser realizado pela deficiência na estrutura física das duas unidades. “Sempre que foi necessário, remanejamos todos os procedimentos para as salas que estavam aptas à realização de consultas e exames. É verdade que nunca conseguimos atingir a capacidade máxima mensal de atendimentos das duas unidades [27.944 do Siqueira Campos e 6.228 do Augusto Franco], porém, de forma alguma, essa realidade pode ser justificada pela falta de estrutura”, afirmou.

Segundo Waneska, a diferença entre a capacidade total das unidades e o número de atendimentos realizados é ocasionada pelo absenteísmo, que é quando o usuário não comparece aos procedimentos marcados. “E prova disso é que mesmo com a prática de overbooking (quando se marca mais do que o número de vagas disponíveis), nunca conseguimos atingir um número satisfatório de consultas e exames. A fim de resolvermos essa situação, já estamos testando um novo sistema de confirmação através do WhatsApp, que até agora nos rendeu mais de 80% de retorno nas respostas”, revelou.