Equipes da Saúde participam de seminário regional sobre redução da sífilis

Saúde
05/04/2018 19h02

Discutir estratégias para redução da sífilis. Este foi o principal objetivo do Seminário Interfederativo “Resposta Rápida a Sífilis nas Redes de Atenção” da Região Nordeste, realizado esta semana, nos dias 3 e 4, em Natal (RN). Durante o evento, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) foi representada pela diretora da Assessoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Asplandi), Sayonara Carvalho, e pela coordenadora da Rede de Atenção Primária (Reap), Monalisa Fonseca.

De acordo com Sayonara, este evento é uma iniciativa que o Ministério da Saúde (MS) está promovendo em todas as regiões. “A questão da sífilis, tanto a adquirida quanto a congênita, é um problema que temos que pensar como encarar, porque tem mostrado dados alarmantes. A SMS já vem priorizando, desde o ano passado nos instrumentos de gestão como o Plano Municipal de Saúde (PMS 2018-2021) e a Programação Anual de Saúde (PAS 2018), com a Vigilância e a rede de Atenção Básica esta agenda estratégica que causa impacto na linha materno-infantil da nossa capital”, explicou.

Monalisa informa que o MS elegeu os municípios prioritários para realizar essa mobilização. “São os municípios que têm os maiores índices, com números de casos de sífilis adquirida e congênita notificados, vão construir um plano de ação para monitorar as ações de combate até 2020. No seminário nos apresentaram um apoiador contratado pelo MS, que vai acompanhar de perto os dois municípios prioritários de Sergipe: Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, que são os dois que têm a maior população do Estado”, revelou a coordenadora da Reap.

Importância do evento

A importância do seminário para o SUS de Aracaju foi justamente a oportunidade de discutir ações que de fato possam combater o problema na capital. “Porque sífilis é um problema de Saúde pública, e estamos vendo que disponibilizamos o teste rápido na unidade básica, a penicilina que não tem falta na unidade de saúde, o encaminhamento e o resultado dos exames das gestantes, quando pedem o VDRL (sigla em inglês de Venereal Disease Research Laboratory, que é o exame de sangue para diagnóstico da sífilis) aos laboratórios, também não tem problema. Então precisamos fazer uma reflexão, fechar o fluxo e colocar como meta reduzir estes índices que estão um pouco alarmantes. A ideia discutida lá foi integrar o indicador de redução dos casos de sífilis como indicador do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) para que os profissionais sejam avaliados também no desempenho da atribuição das suas equipes e percebam o peso da responsabilidade sanitária”, contextualizou a diretora da Asplandi.

Segundo Sayonara, a Saúde de Aracaju apresentou como estava a estrutura no seminário. “Participamos do debate junto com o município de Nossa Senhora do Socorro, que foi representado pelo secretário de Saúde e presidente do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde de Sergipe (Cosems/SE), Enock Ribeiro. A síntese do produto que construímos lá é que o nosso plano terá quatro eixos: gestão, vigilância, cuidada integral e educação e comunicação. Dentro de cada eixo teremos ações que vamos monitorar em cima de uma matriz. Para a secretária de Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, é uma pauta prioritária porque não se justifica nós termos casos de sífilis com uma cobertura e com o acesso à atenção básica hoje que temos em Aracaju”, frisou.

A diretora da Asplandi ainda enfatizou que já era uma pauta prioritária. “Porque já está inserida no nosso Plano Municipal de Saúde (2018-2021) e na nossa Programação Anual de Saúde (2018). Então vamos ajudar a legitimar os instrumentos, a Asplandi vai puxar esta agenda junto com o secretário adjunto. Vamos integrar a linha materno-infantil na SMS para que tenhamos uma sistematização e iremos às unidades buscar esses casos. Deu gestante positiva vamos buscar, deu adquirida vamos fechar o caso com a Vigilância, por exemplo”, informou.

A SMS vai fazer uma oficina integrada com as Diretorias de Atenção à Saúde (DAS) e de Vigilância em Saúde (DVS) para socializar as informações para ver se consegue mudar este panorama. “Então, não éramos das piores situações apresentadas no seminário, mas precisamos olhar isso e entender que sífilis tem tratamento. Vamos discutir com a nossa rede, pois garantimos o acesso ao diagnóstico, nossa rede é treinada e será de novo. Todos os nossos profissionais da Atenção Primária vão ser treinados para fazer o teste rápido a qualquer momento que o usuário chegar, vamos investir em capacitação, em sensibilização e ampliar a oferta de teste rápido. Enfim, nossas ações integradas vão dar um resultado positivo e vamos melhorar este quadro na nossa capital”, finalizou Sayonara.