Assistência realiza reunião com beneficiários do Bolsa Família

Assistência Social e Cidadania
18/04/2018 17h49

O Bolsa Família é um complemento de renda do Governo Federal oferecido periodicamente a famílias em situação de vulnerabilidade social. Mas, para a continuidade do repasse, é necessário que os responsáveis obedeçam alguns critérios. Para dialogar com a comunidade assistida pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Benjamin Alves, no bairro Coroa do Meio, técnicos da Secretaria Municipal da Assistência Social realizaram uma reunião a respeito do descumprimento de condicionalidades na tarde desta quarta-feira, 18.

Estar com o cartão de vacinação preenchido devidamente e a alta frequência escolar são algumas das condições exigidas para a permanência do recebimento do Bolsa Família. Essas exigências têm o objetivo de garantir a qualidade de vida das crianças e adolescentes beneficiados.  

De acordo com a coordenadora do programa Bolsa Família em Aracaju, Rosângela Theobald, a maioria das famílias que estão em falta com relação às condicionalidades acata as orientações da Secretaria da Assistência Social. “Nós temos duas situações normalmente. A primeira é quando a família percebe que o recurso não está disponível para ela e nos procura para entender onde está o problema, e a segunda é quando nós identificamos através das estatísticas do Cadastro Único que aquela família está em advertência. Em ambos os casos convocamos reuniões como essa para explicar ponto a ponto quais são as questões de entrave. Na maioria das vezes as famílias reveem suas atitudes e passam a cumprir com as determinações”.

Atualmente, no território do Cras Benjamin Alves, 95 famílias estão em situação de descumprimento. 76% delas estão em advertência, 16% com o recurso bloqueado e 8% com o valor suspenso. “Nós percebemos que muitas famílias estavam em situação de advertência e decidimos convocar essa reunião porque não queremos que ninguém perca o seu benefício, porém entendemos a necessidade do cumprimento das condicionalidades, porque elas são o nosso indicador de que as crianças e adolescentes estão sendo bem cuidadas”. Iuná de Almeida, coordenadora do Cras Benjamin Alves

Maria Alice trabalha da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Benjamin Alves de Carvalho e é responsável pelos atestados médicos e de frequência que serão enviados ao Governo Federal para o controle do cumprimento das condicionalidades do Bolsa Família. Ela veio à reunião para tirar suas dúvidas a respeito dos atestados e desenvolver melhor o trabalho. “Nós precisamos estar sempre atentos para não deixarmos passar nenhuma informação importante. Algumas vezes, por exemplo, os responsáveis entregam receitas médicas em substituição ao atestado médico e agora eu sei que não posso aceitar a receita como documento que valide a ausência da criança na escola. Saio daqui mais preparada para desempenhar o meu trabalho”.  

Sandra Oliveira é mãe do pequeno Enzo, de 11 meses. Ela é beneficiária do Bolsa Família e foi até o Cras para tirar suas dúvidas a respeito do benefício. “Vim para entender melhor como funcionam as coisas e para saber se eu estou agindo certo. Não quero perder o Bolsa Família de jeito nenhum porque é através dele que eu consigo complementar minha renda para continuar cuidando do meu filho.