Funcaju promove cursos de vídeos por meio do projeto ‘Aracaju Segura’

Funcaju
20/04/2018 19h07
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Cerca de 50 jovens participam de cursos oferecidos pelo projeto ‘Aracaju Segura’, da Secretaria Municipal da Defesa e Cidadania (Semdec), em parceria com diversos órgãos do município. Ofertados pelo Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD), unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), parceiro do projeto, os cursos de vídeos para internet e documentário têm como objetivo profissionalizar cada vez mais jovens e adolescentes da capital sergipana.

Os alunos do curso de documentário deram continuidade às gravações na tarde desta sexta-feira, 20, no Centro Cultural de Aracaju. Com gravações internas e externas, os meninos puderam aliar a teoria com a prática sobre as técnicas do cinema. Divididos em duas turmas, os participantes terão que produzir dois documentários que retratem as condições de trabalho do negro na sociedade. O resultado final será uma das avaliações para certificação dos alunos.
 
De acordo Kian Lemos, assessor técnico da Semdec e responsável por manter o diálogo com as comunidades sobre o projeto, até o final da gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, cerca de 800 jovens serão beneficiados com diversas ações com a proposta de tirá-los da realidade da criminalidade. “Essas ações são idealizadas em conjunto entre as secretarias. São oferecidas por meio dessas parcerias ações que profissionalizam esses participantes e ajudam a tirá-los do mundo da marginalização”, explica.

As turmas são formadas por participantes das comunidades com maiores índices de violência de Aracaju. “Temos alunos do Santa Maria, 17 de Março, Olaria, entre outras localidades. A violência nesses bairros é algo muito presente. Trazer essas pessoas para participarem de um curso como esse é uma forma de reascender a esperança de dias melhores”, opina Kian.
 
Uma das beneficiadas pelos cursos, a estudante Letícia Lima de Almeida está empolgada com o resultado final do documentário. Para ela, o produto final também será uma forma de denunciar essa realidade presente na vida de muitos dos participantes. “O nosso curta vai entrar no universo do que é ser um negro periférico e está inserido na realidade de estar inserido no trabalho braçal. Esse contexto que quase todos os participantes têm que lidar diariamente. Então, eu acredito que essa seja uma grande oportunidade para denunciarmos essa triste situação”, observa.