Assistência realiza formações em Direitos Humanos para a população aracajuana

Família e Assistência Social
23/04/2018 13h15
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A Secretaria Municipal da Assistência Social, através da Diretoria de Direitos Humanos, tem realizado inúmeros cursos de formação a respeito da construção de políticas públicas para mulheres, pessoas com deficiência, público LGBT+ e negros. Na manhã desta segunda-feira, 23, a equipe foi até o Tribunal de Justiça de Sergipe, na aula inaugural da turma da Guarda Municipal que vai compor o projeto “Patrulha Maria da Penha”, que tem o objetivo de direcionar mulheres que estão amparadas por medidas protetivas.

Para a secretária municipal em exercício da Assistência Social, Rosane Cunha, a oferta desses cursos torna-se primordial por conta da visão distorcida que parte da população tem a respeito dos temas trabalhados pela diretoria. “A diretoria de direitos humanos procura trabalhar na quebra de paradigmas para que, através da construção coletiva, as pessoas possam questionar suas atitudes e algumas ‘verdades absolutas’ que fazem parte do cotidiano. É muito importante que a Secretaria da Assistência tenha abertura na sociedade para tratar sobre esses temas”.

Neste evento, os temas abordados pela diretoria de direitos humanos foram “A percepção da sociedade sobre direitos humanos e violência de gênero” e “O estado brasileiro e as políticas públicas para o enfrentamento à violência contra a mulher”. De acordo com a diretora de Direitos Humanos, Lídia Anjos, o que a equipe deseja levar à sociedade é o pensamento de que todos podem ser parte das soluções dos problemas. “É preciso que a gente extraia as vivências coletivas e a nossa proposta é fazer com que as pessoas compreendam a responsabilidade que cada pessoa tem na produção de respostas aos nossos problemas do cotidiano. Temos o costume de aguardar que as respostas estejam externas a nós, quando a verdade é que precisamos levar em consideração a autoresponsabiliade, para que possamos construir coletivamente”.

Desde o início de 2017, com a criação da diretoria, várias atividades foram realizadas, a exemplo das mais de mil mulheres que foram alcançadas pelas oficinas de empoderamento da mulher dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), que incluiu discussões sobre as violências que o público LGBT+, sobretudo a população transgênero, sofre. O projeto Lápis de Cor, que dialogou com cerca de 980 crianças a respeito do racismo na infância, além de formações sobre Igualdade Racial nos dois shoppings de capital e oficinas sensoriais em diversas secretarias da Prefeitura de Aracaju, alertando sobre as barreiras que as pessoas com deficiência vivenciam.

“A parceria com a Secretaria da Assistência Social do Município é de fundamental importância. Ela possui uma equipe extremamente capacitada, que está ministrando palestras e participando efetivamente dos processos formativos para o projeto Patrulha Maria da Penha.  As formações com foco nos Direitos Humanos, direitos da mulher,  proteção e prevenção, nos traz grande contribuição para a formação dos nossos guardas municipais. Dessa forma caminhamos no sentido de um desempenho eficaz e efetivo da Patrulha Maria da Penha, possibilitando resultados com a pacificação desses conflitos e o protagonismo da mulher. A defesa dos Direitos Humanos para as pessoas que sofrem agressões, ameaças e torturas psicológicas age como um fator de transformação  para que criemos um ambiente mais saudável de convívio para todos” Secretário de Defesa Social e da Cidadania, Luís Fernando Almeida

Todas as intervenções realizadas pela diretoria de Direitos Humanos têm o objetivo de fomentar nos cidadãos um pensamento crítico a respeito do comportamento da sociedade. Para o guarda municipal André Cavalcanti, participar dos treinamentos voltados à área de Direitos Humanos é bastante importante. “Esse treinamento é muito válido, já que é através dele poderemos colocar em prática esse projeto excelente, que é acompanhar as mulheres que estão sob medidas protetivas. Em Aracaju, muitas mulheres sofrem agressão e quando essa rede de proteção é fortalecida, podemos garantir a segurança não só das mulheres vítimas, mas também de toda a sociedade. Saio muito feliz dessa formação pois sei que os frutos de todas essa vivência que tivemos aparecerão muito em breve”.