Secretaria da Educação de Aracaju investe em ações contínuas antibullying

Educação
25/04/2018 10h42
Início > Noticias > 76303


A Prefeitura de Aracaju, desde 2017, tem implementado diversas ações educativas contínuas antibullying nas escolas da rede municipal da Educação, orientadas pela coordenadoria de Políticas Educacionais para a Diversidade da Secretaria Municipal da Educação (Coped/Semed). São diversos projetos pensados para prevenir e combater os casos de desrespeito às diferenças entre os estudantes. Além dos projetos da própria Semed, existem também as políticas intersetoriais executadas em parceria com as secretarias municipais da Assistência Social e da Saúde (SMS).
 
O nome bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa que não tem a possibilidade ou capacidade de se defender. O Senado aprovou, no último dia 17, o projeto que obriga as escolas a desestimularem seus alunos à prática do bullying. Em votação simbólica, os senadores aprovaram a proposta, que segue agora para sanção presidencial. O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para incluir, entre as competências dos estabelecimentos de ensino, a promoção de medidas de prevenção e combate a todos os tipos de violência, em especial a “intimidação sistemática”, mais conhecida como bullying. Além disso, coloca como atribuição das escolas o estabelecimento de ações destinadas à promoção da “cultura da paz” nas escolas.

A secretária municipal da Educação, Maria Cecília Leite, afirma que as ações educativas e projetos pedagógicos de combate e prevenção do bullying não têm começo e/ou fim na rede municipal de Aracaju. "O Senado aprovou na última semana a lei que obriga as escolas a adotarem ações que desestimulem o bullying. Em Aracaju, essas ações já são realidade em nossas escolas, tanto através de projetos da nossa Diretoria de Educação Básica, como através das políticas intersetoriais que desenvolvemos conjuntamente”, informa.

A coordenadora da Coped, Maíra Ielena Nascimento, explica que os projetos são desenvolvidos a partir de um diagnóstico da realidade. “Nós fazemos um diagnóstico da realidade na escola, depois estabelecemos um plano de ação que consiste na elaboração e na execução das ações antibullying, então avaliamos o impacto da ação naquela escola e a mudança de cenário”, explica a coordenadora.

Ela acrescenta que às vezes o bullying ocorre como face do racismo. "Há também ele é oriundo das questões territoriais ou de classe, gênero, raça/cor e é uma ação que envolve três públicos: a vítima, o perpetrante e as testemunhas”, completa.
 
Os projetos
 
O projeto “As Carolinas” consiste em oficinas de discussão de temáticas em gênero, tais como empoderamento feminino e desconstrução do machismo. O bullying é tratado transversalmente em todas as oficinas.
 
No projeto Lápis de Cor, realizado em parceria com a Assistência Social, são estabelecidas rodas de diálogos realizada a partir da discussão de filme homônimo. Esse projeto tem o objetivo de debater sobre o racismo, mas principalmente de diagnosticar os impactos do racismo sobre os alunos. Nesse projeto, enfatizamos que existe uma diferença entre bullying e racismo.
 
No Programa de Saúde na Escola (PSE), em parceria com a SMS, é realizado o enfrentamento às violências. Tanto a prevenção das violências e acidentes, quanto a promoção da cultura de paz, cidadania e direitos Humanos. Faz parte do programa o projeto “Protagonismo Juvenil” com oficinas educativas de temáticas variadas como a saúde do adolescente, racismo, bullying, direitos sexuais e reprodutivos.