Fundat realiza primeira reunião com os feirantes da Praça Olímpio Campos

Formação para o Trabalho
26/04/2018 20h41

A Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), realizou a primeira reunião com os feirantes que comercializam na praça Olímpio Campos, conhecida popularmente como praça da catedral, localizada no centro de Aracaju. O trabalho está sendo realizado por meio das diretorias de Empreendedorismo e Cooperativismo e de Formação Profissional.

O encontro aconteceu nesta quinta-feira, 26, no prédio do Estação Cidadania, e teve com o objetivo de discutir a reestruturação da feira a partir do desenvolvimento de um projeto direcionado ao empoderamento do comércio local. A reunião contou com a presença de 48 feirantes, com os diretores da Fundat, Márcio Rodrigo e Selma França, além da participação da coordenadora do Credpovo, Trícia Dantas, e da assessora jurídica, Émile Cartaxo.

Um dos principais enfoques tratados na reunião foi a respeito da Lei Municipal n° 2.467/96 que regulamenta o funcionamento das feiras de Artes e Artesanato no âmbito do Município de Aracaju, bem como os direitos e deveres dos artistas plásticos e artesãos que trabalham nelas. “A comercialização do trabalho artesanal é a que mais predomina nesta feira, por isso, acreditamos ser importante falar com a categoria sobre esta lei, fazendo-os conhecer e analisar esta legislação, e mostrando a importância que ela tem”, afirma a diretora de Formação Profissional, Selma França.

Segundo o diretor de Empreendedorismo, Márcio Rodrigo, foi levado para o encontro um planejamento inicial contendo os próximos passos que serão dados, junto com um levantamento e um cadastro dos feirantes que atuam na localidade. “Antes de agendarmos e convidarmos a categoria para reunião, optamos por fazer essa avaliação minuciosa para analisarmos a real situação que a feira se encontra. Com isso, também queremos conhecer as necessidades de cada um deles para que assim, façamos as adequações necessárias, a fim de oferecer melhores condições de trabalho”, explica o diretor.

Ao final da reunião, sugeriu-se a formação de um conselho gestor, formado por sete feirantes, além da oferta da oficina de Higienização e Manipulação de Alimentos (8h) e da formalização dos feirantes em microempreendedores individuais (MEI).

Feirantes

A artesã Maria de Lurdes, 48, trabalha como feirante há 18 anos. Ela conta que ficou muito feliz com a iniciativa da Fundat em proporcionar um encontro para ouvir a opinião dos feirantes a respeito da ‘feirinha da catedral’. “Pedimos para a Fundação mediar e nos auxiliar em alguns pontos como segurança, sinalização e estrutura física, estou com uma boa expectativa com a possível reforma da praça. Estamos alegres em poder ter uma estrutura melhor para atender os turistas que vêm à capital sergipana” diz a feirante.

Roger Anger é peruano e há 30 anos atua em Sergipe como artesão. O comerciante, que participa da feirinha há 20 anos ressalta que a proposta da Fundat foi muito positiva. “Já que a feirinha estava passando por um momento bem difícil, acredito que após esse encontro, ela vai melhorar muito na organização, e com as ideias de padronização das barracas e dos crachás para os feirantes, creio que as vendas crescerão”, afirma Roger.

O vendedor Edvan Santos salienta a importância da discussão sobre as melhorias destinadas aos feirantes e sugere que a Fundat reserve um espaço uma vez por mês para apresentações artísticas na feirinha. “Poderia ser em um local aberto para que qualquer pessoa apresentasse sua arte seja com dança, teatro, música e entre outras atividades”, propõe Edvan.