A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), promoveu nesta quinta-feira, 3, uma roda de conversa com os gestores e trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e residentes de Saúde Mental da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O objetivo da ação foi discutir o alinhamento da Política de Saúde Mental em Aracaju.
O encontro, intitulado Roda Reaps, aconteceu no auditório do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), do bairro Siqueira Campos. Segundo o coordenador da Reaps, Dalmare de Sá, esta reunião é realizada quatro vezes ao ano.
"A Roda Reaps serve para discutirmos os processos de trabalho e aprimorarmos a gestão e as linhas de cuidado. Além disso, aqui é um espaço onde podemos fazer uma construção coletiva do serviço que queremos ofertar aos usuários de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS) de Aracaju", explicou o coordenador.
Para a psiquiatra do Caps AD Primavera, Ana Raquel Santiago de Lima, este encontro representa uma iniciativa muito importante para o aperfeiçoamento dos serviços oferecidos. "A Prefeitura de Aracaju tem dado continuidade a esta roda, que andava meio desaquecida. agora ela está voltando a circular para que possamos, cada vez mais, mostrar o quanto é fundamental que esses serviços sejam aprimorados, pois sabemos que ao longo dos anos necessitamos de mais apoio em saúde mental", enfatizou.
Ana Raquel também ressaltou que a população tem adoecido mais. "As pessoas têm adoecido mais, e usado mais drogas, porque não têm dado conta de tanta pressão, de tanta demanda social e econômica. Nesse cenário, a saúde mental se torna cada vez mais importante e necessária, pois as pessoas só contam com o SUS, e um Sistema de Saúde de qualidade sem saúde mental não existe", afirmou a psiquiatra.
A assistente social Lulia Serrão, recém-contratada pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), está trabalhando no Caps Jael Patrício e aprovou a Roda Reaps. "Eu tenho experiência com a atenção psicossocial na Bahia e achei a rede de Saúde Mental de Aracaju bem organizada. Apesar de sempre necessitarmos de mais melhorias, aqui encontramos profissionais comprometidos, o que facilita muito o processo de organização. Estou feliz de ver a dinâmica, a condução e os conceitos de saúde mental sendo realmente respeitados nesse trabalho, que deve ser contínuo", pontuou.
Lulia disse também que gostou muito do acolhimento pedagógico. "Foi uma maneira muito boa de conhecer a realidade e o perfil de quem está chegando, e a forma de trabalho da rede. São encontros produtivos que fazem com que as pessoas se motivem mais para o exercício da profissão, porque o dia a dia é difícil. Mas estamos aqui para servir e ajudar no que for preciso", acrescentou.
