Para construir um Sistema Único de Saúde (SUS) de qualidade para os usuários, a gestão necessita de profissionais comprometidos. Um exemplo disso são os trabalhadores da Enfermagem. No próximo sábado, 12, é o Dia Internacional da Enfermagem e do(a) enfermeiro(a), e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) homenageia estes servidores especializados no cuidado ao próximo.
Existem enfermeiros em todas as áreas da SMS, desde a assistência até a gestão. A Rede de Atenção Primária (Reap), por exemplo, dispõe de 137 enfermeiros distribuídos nas 44 Unidades de Saúde da Família (USF’s) da Capital. Segundo a responsável técnica (RT) pela Enfermagem da Reap, Larissa Ribeiro Lôbo, os enfermeiros são indispensáveis na atenção básica. “Eles são responsáveis pelo planejamento familiar, pela puericultura (cuidado com as crianças desde a gestação até a puberdade), controle da hipertensão, curativo, teste rápido, vacina, exame de lâmina e educação em serviço, que é de fundamental importância para os profissionais e usuários se reeducarem na rotina da unidade. A enfermagem é uma profissão que lida diretamente com o cuidar”, frisou.
Larissa informou que a gestão da SMS está planejando capacitações, educação em serviço e atualizações dos procedimentos de enfermagem. “Na verdade, comemoramos a Semana da Enfermagem, iniciando no dia 12 e encerrando no dia 20, com a celebração do dia do Auxiliar e Técnico de Enfermagem. A SMS também fará uma homenagem na quarta-feira, 16, às 14 horas, no auditório da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), aos profissionais que se destacaram nos serviços das redes de Urgência e Emergência (Reue), de Atenção Especializada (Reae), de Atenção Psicossocial (Reaps) e Reap. Também haverá uma palestra sobre o Empoderamento da Enfermagem e seu Papel na Equipe, com a representante do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Michely Filete”, destacou.
Realização e reconhecimento
O RT de Enfermagem da Unidade de Saúde da Família (USF) Dona Jovem, do bairro Industrial, Geison Ricardo Valença, disse sentir-se extremamente realizado com a profissão. “Sou enfermeiro há mais de 20 anos, e escolhi esse ofício, principalmente, pela oportunidade de poder cuidar do outro. É uma profissão em que lidamos muito com o indivíduo nas mais diversas idades e condições, em situações de prevenção, de promoção à saúde, de assistência mais direta ao paciente mais grave. E especificamente na saúde pública tenho a oportunidade de trabalhar muito com a questão da prevenção e promoção à saúde, pois acredito que muda o dia a dia e melhora a condição de vida do outro. Tenho a oportunidade de trabalhar com pacientes de todas as idades, com gestantes durante o pré-natal; quando a criança nasce, nós fazemos a puericultura, trabalhamos com o idoso, o hipertenso, o diabético, enfim, todos que nos procuram. A especialidade do enfermeiro é o cuidado”, ressaltou, acrescentando que, segundo uma pesquisa do Cofen, 70% dos procedimentos no SUS pela são realizados pela enfermagem.
Geison afirma também que durante sua vida profissional, sentiu a necessidade de contribuir com a formações de novos colegas. “Essa profissão me deu a oportunidade de trabalhar na assistência e na docência, contribuindo na formação dos meus colegas e, ao mesmo tempo, reciclando meu próprio conhecimento. Enquanto categoria da saúde, percebo a valorização do profissional por esta gestão, porque agora nós temos condições de dialogar com o nosso gestor, de senti-los mais perto. Também temos a segurança de que no final do mês receberemos o salário na conta, e isso é essencial para nos dar tranquilidade e melhores condições de trabalho. Percebo que as coisas começam a surgir agora, a exemplo da nossa unidade [Dona Jovem], que está passando por uma reforma”, elogiou.
Humanidade
Com 32 anos de profissão, a enfermeira da USF Augusto Franco, Ângela Luzia dos Santos Oliveira, também revela o amor à profissão. “Nossa profissão é muito gratificante, pois exercemos a humanidade, a responsabilidade e a consciência da importância de proporcionar saúde através da recuperação dos nossos pacientes. Trabalho em uma equipe definida de Saúde da Família, mas se for preciso ir até uma extra área, eu vou, e a gestão sabe que pode contar comigo. Gosto mesmo de ser útil e de exercer o meu papel de servidora pública, que é servir ao público”, salientou.
Ângela começou a trabalhar no Hospital de Cirurgia, teve experiência na psiquiatria, trabalhou no São Lucas e já está no município há 17 anos. Desde quando estava implantando o Programa de Saúde da Família (PSF) em Aracaju, ela também já atuou USF’s José Machado de Souza e Ministro Costa Cavalcante.
Segundo a enfermeira, esta gestão da Prefeitura pegou uma fase difícil. “Praticamente no fundo do poço, mas agora vemos que a medicação está aí, os profissionais estão mais estimulados com o salário em dia. Percebemos que o prefeito tem boa vontade, e que faz de tudo para o bem-estar da população. Nossa valorização é apenas mais uma prova desse esforço”, reconheceu.
