Assistentes sociais lutam pela promoção da igualdade social em Aracaju

Assistência Social e Cidadania
15/05/2018 17h41

Aproximadamente 90 profissionais da área de Serviço Social atuam na Secretaria Municipal da Assistência Social, lutando pela melhoria da Qualidade de Vida daqueles que mais precisam. Nesta terça-feira, 15 de maio, é comemorado o Dia do Assistente Social e a data visa homenagear o profissional que faz a mediação através das Políticas Públicas entre o cidadão em situação de vulnerabilidade e os serviços oferecidos pelo Estado.

Seja nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), Casas Lares, Centro Pop ou até mesmo na própria sede da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, o grupo de assistentes sociais que formam o corpo de profissionais da área na pasta busca a cada dia manter um diálogo entre a gestão municipal e a comunidade, trabalhando no acolhimento e encaminhamento das demandas, colocando sempre a humanização entre os pilares do exercício da profissão.

A coordenadora da Proteção Social Básica, Lara Cíntia, ressalta que o trabalho do assistente social nunca foi tão necessário na sociedade como nos dias atuais e que estar à frente da gestão assistencial é uma quebra de paradigmas. “Assumir um papel de gestão é importante porque historicamente as políticas públicas foram operacionalizadas por profissionais que não tinham o direcionamento técnico na área. Estar à frente do posto de uma gestão da Assistência requer a utilização do aporte teórico que você tem desde as formulações de políticas públicas até mesmo mensurar a qualidade dos serviços ofertados, que é o que a gente vem fazendo constantemente a fim de melhorar cada vez mais os nossos serviços”, ressalta.

“Queremos cada vez mais tornar o usuário empoderado, fazendo com que a população em situação de vulnerabilidade tenha os seus direitos assegurados através das Políticas de Assistência, fazendo com que essas pessoas entendam que o acesso aos serviços dentro da Proteção Básica ou Especial é um direito estabelecido pela Constituição. Visando a qualidade de vida desses cidadãos, durante todo o ano são realizadas diversas ações de inclusão produtiva com o propósito de transformar a vida das pessoas que são beneficiadas”, observa a assistente social do Cras Enedina do Bonfim Santos, Luciana Bittencourt.

Um trabalho que vai muito além dos muros da Assistência Social.  Para a gerente do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), Edlaine da Silva Sena, é preciso entender como funciona a estrutura social para atuar das diversas conjunturas do município, estabelecendo a equidade em todos os aspectos sociais. “Estamos o tempo todo lutando pelo direito do outro, direito que muitas vezes já foi negado. Entender as camadas da sociedade, o porquê algumas pessoas têm tanta concentração de renda, o porquê outras pessoas por necessidade, e qual o motivo da desigualdade é preciso para que possamos interpretar os aspectos sociais com o objetivo de justificar a necessidade da criação de políticas públicas que garantam o acesso dessas pessoas que já são vítimas da exclusão social, que já nascem nessa condição, aos serviços básicos da sociedade”, destaca.

Formada há 12 anos e atuante na gestão municipal da capital há oito, a assistente social Maciele Rocha reconhece o trabalho realizado em Aracaju como uma forma de tentar garantir a melhoria das condições de vida para comunidade e também de aprender com as adversidades encontradas. “Aprendi e aprendo todos os dias nessa profissão porque trabalhamos com a realidade dos indivíduos e de famílias em suas múltiplas diversidades e necessidades. Os desafios nos impõem a questionar, lutar e resistir  tendo em vista a garantia de direitos dos usuários e a reafirmação de políticas públicas amplas e capazes de dar respostas condizentes com a realidade da população e com o que garante a Constituição Federal”, disse.