Com o objetivo de intensificar as ações de planejamento familiar, de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez na adolescência, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está indo às escolas estaduais e municipais conversar com os estudantes adolescentes de 12 a 15 anos de idade. A primeira ação aconteceu na manhã desta terça-feira, 5, na Escola Estadual Vitória, no bairro Santa Maria.
A ação é uma realização conjunta dos programas Saúde na Escola (PSE), Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Saúde da Criança, Saúde da Mulher, Saúde Mental e de Redução de Danos, que fazem parte da SMS. Segundo a referência técnica do PSE da SMS, Aline Guimarães, os programas, juntamente com os técnicos, levam uma proposta de trabalhar a educação sexual com os adolescentes das escolas públicas. "Em alusão ao Dia dos Namorados, resolvemos trazer este tema para os adolescentes despertarem para o uso de preservativos, prevenindo doenças e gravidez indesejadas", explicou.
A próxima ação acontece na quinta-feira, 7, na Escola Estadual Laonte Gama. Já no dia 12, será na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Olga Benário, e no dia 14 nas Emef's Manoel Bonfim e Maria Thetis Nunes. No dia 19, a ação será finalizada na Emef Florentino Menezes.
De acordo com a psicóloga e técnica da SMS, Aline Rabelo, esta ação surgiu dos indicadores muito altos em algumas regiões. "Percorreremos todos os bairros que tiveram altos índices de gravidez na adolescência e de contaminação por HIV. A ideia é atingirmos toda a população", disse.
Já a enfermeira Marília Uchôa, técnica do Programa IST/Aids, que também participa da ação, ressalta que um dos maiores problemas é o fato de os jovens e adolescentes estarem se descuidando em relação ao uso dos preservativos. "Se a Aids está concentrada em jovens entre 15 e 24 anos, precisamos orientar mais essa faixa da população para melhorar estes números. A informação é a melhor prevenção", pontuou.
A professora Manoela Mendonça de Andrade reforça que as ações da PSE são muito importantes para os alunos terem o entendimento de prevenir as doenças. "Hoje em dia os meninos e as meninas estão muito precoces em relação ao sexo, eles têm uma visão errada da sexualidade sem responsabilidade. Os alunos daqui, em sua maioria, não falam de sexo com os próprios familiares. Então é muito válida esta parceria da escola e da saúde", completou a educadora. Já a estudante Maria Santos, achou a ação excelente. "Nós tiramos muitas dúvidas, principalmente, quanto ao uso de camisinha e do planejamento familiar", concluiu.