Secretários se reúnem com representantes de sindicatos da saúde

Agência Aracaju de Notícias
13/06/2018 19h00
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Em cumprimento ao acordo firmado no início do ano, secretários municipais se reuniram nesta quarta-feira, 13, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa). Em pauta, a apresentação de dados da atual situação financeira do município e a discussão de pleitos da categoria. Participaram a secretária da Saúde, Waneska Barboza; o secretário da Fazenda, Jeferson Passos; o secretário do Planejamento, Orçamento e Gestão, Augusto Fábio; e o secretário de Governo, Renato Telles.

De acordo com o secretário da Fazenda, Jeferson Passos, as reuniões são fruto do compromisso da gestão os servidores. Ficou acertado que, quando o relatório de gestão fiscal do primeiro quadrimestre fosse publicado, ocorreria esse encontro para falar das condições de atendimento dos pleitos financeiros das categorias. "A gente demonstrou que a receita do município dos últimos 12 meses foi utilizada para priorizar o pagamento dos servidores e garantir esses direitos, mas que não há margem, dentro das receitas aferidas até agora nem nas projeções futuras", disse.

Segundo o secretário, na oportunidade, foi apresentado todo o esforço que a administração municipal tem feito desde 2017 para pagar os salários dos servidores em dia. "Nós mostramos que as despesas com pessoal do município nos últimos 12 meses cresceram 9,6%. Foram mais de R$ 88 milhões de crescimento de despesa com o pessoal fruto justamente desse compromisso de honrar os direitos que os servidores têm e garantir o pagamento imediato dos direitos adquiridos. Nós demonstramos que a prioridade da administração são as questões salariais do servidor e mostramos que a situação de desequilíbrio ainda não está totalmente equacionada", destacou.

Ainda conforme Jeferson Passos, o município ainda tem dívidas deixadas pela gestão anterior, o que dificulta a situação financeira de Aracaju. "Nós ainda temos passivos a pagar. Só na Saúde existem passivos da ordem de R$ 55 milhões. Essa situação não permite que o município amplie despesas no momento com o pessoal ou qualquer outro tipo de despesa", justificou.

A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, destacou ainda que ações foram realizadas para valorizar o servidor e melhorar as condições de trabalho do mesmo, conforme acordado no início do ano. "Pegamos uma secretaria bastante sucateada e ao longo desse período, a gente vem tentando realizar melhorias. Essa questão é reconhecida pelos próprios sindicatos. Já fizemos alguns pagamentos, mas ainda temos uma dívida muito grande, o que inviabiliza qualquer concessão de reajuste, visto que a gente precisa sanar essas dívidas para assim garantir qualquer reajuste que possa ser cumprido. É nesse sentido que a gente vem dialogando com os sindicatos", explicou.
Sindicatos

Nesta quarta-feira, 13, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) foram os primeiros a serem recebidos. Eles representam cerca de 800 servidores da saúde que possuem nível médio. O gerente administrativo do Sintasa, Janderson Alves, reconheceu o compromisso da Prefeitura de Aracaju em assumir o que foi acordado. "É de suma importância essa transparência até porque o Sintasa se reuniu no início do ano com a secretária Waneska e ficou pactuado que teríamos que aguardar o quadrimestre. O Sintasa esperou e hoje a gente teve um norte do que poderá ocorrer", afirmou.

Uma nova reunião pode ocorrer nos próximos dias. "Com base nos dados apresentados, vamos fazer um novo levantamento de coisas mais específicas. Vamos sentar com a gestão na próxima semana e depois vamos convocar os trabalhadores em uma assembleia para passar toda situação", informou o gerente administrativo do Sintasa.

Segunda reunião

Os secretários municipais Jeferson Passos (Fazenda), Renato Telles (Governo), Waneska Barboza (Saúde), Augusto Fábio (Seplog) também receberam na tarde desta quarta-feira, 13, representantes dos sindicatos ligados aos servidores municipais das áreas de Nutrição, Farmácia, Fisioterapia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Além de representantes dos Fonoaudiólogos.

O representante dos Fonoaudiólogos, Arthur Brito Marcelino, falou sobre a reunião. "A gente não teve o êxito esperado. Quando foi construído o plano de cargos e salários de Aracaju, essas seis categorias foram segregadas. Nós estamos lutando há mais de oito anos para essa questão ser resolvida. A gente almeja uma equiparação salarial com os assistentes sociais, comparada a outras realidades do país. A gente não quer briga e desentendimentos. Sabemos das dificuldades, da crise econômica enfrentada pelo país, mas a gente precisa lutar pelo pleito que achamos justo", colocou.