Políticas adotadas pela Assistência Social diminuem número de crianças que chegam em abrigo de Aracaju

Assistência Social e Cidadania
14/06/2018 20h21

Os santos juninos não foram os únicos motivos da celebração, que aconteceu no Abrigo Sorriso, unidade da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, realizada nesta quinta-feira, 14. A diminuição de mais da metade do número de crianças acolhidas na instituição, também foi motivo de muita alegria para quem faz parte dos serviços da Assistência Social da capital sergipana.

Durante todo o ano a equipe da Assistência Social e o Poder Judiciário trabalham em conjunto com o objetivo de diminuir o número de crianças e adolescentes nos abrigos municipais. Seja levando os meninos e meninas de volta às suas famílias de origem através de um processo de reinserção familiar ou dando, aos acolhidos, a chance de viver em harmonia em um novo lar, com pais adotivos. Em 2017, o número de crianças em acolhimento no Abrigo Sorriso, na época junina, era de aproximadamente 30. Neste ano, o número de crianças na instituição era de 13. A redução no número de acolhidos no abrigo mostra que as políticas que estão sendo aplicadas pela pasta estão dando certo, e que o número de crianças que chegam à instituição de acolhimento é menor que o número de assistidos que saem e voltam para o convívio familiar.

De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Rosane Cunha, a redução no número de crianças do abrigo se deve a vários fatores, principalmente a essa parceria entre os poderes Executivo e Judiciário. “Quando iniciamos com a gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, o número de crianças em acolhimento na instituição era bem maior. Ver esse resultado é uma vitória pra gente, pois, a sensibilização que fazemos em parceria com o Judiciário com a proposta de fazer com que esses pequenos voltem para suas famílias de origem ou consigam pais adotivos vem dando muito certo”, destaca.

A vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino, mais uma vez se fez presente no ‘arraiá’ feito para os acolhidos no Abrigo Sorriso. Para ela, o trabalho intersetorial entre os membros da equipe da Assistência Social e toda a Rede do Sistema de Garantia dos Direitos tem contribuído fortemente na reinserção familiar. “Esse bom resultado significa que a Rede de Assistência Social está funcionando. Seja através das equipes de abordagens, pelos atendimentos realizados pelos Cras ou pelas ações em parceria com o Judiciário. O que queremos é exatamente isso, que esse planejamento adotado pela gestão se torne cada vez mais eficiente fazendo com que menos crianças cheguem aos nossos abrigos. Vale ressaltar a importância e parabenizar os trabalhadores da rede intersetorial, que atuam na Assistência Social, Educação e Saúde acolhendo essas crianças e fortalecendo os vínculos familiares, com a proposta de levar esses pequenos às famílias”, pondera.

Com essa notícia, a festa junina teve comemoração dupla. “É muito lindo ver o quanto a equipe do Abrigo Sorriso se doa. Você consegue enxergar a felicidade nos rostos dos acolhidos. Aqui temos meninos e meninas que encontraram em nossa instituição pessoas que promovem não só o trabalho técnico, mas também despendem amor e afeto. Essa é a ideia: no momento em que eles estiverem conosco, sejam cada vez mais acolhidos e felizes”, complementa a vice-prefeita, Eliane Aquino.

Para a mãe social, Luciana Luiz, a celebração fortalece os vínculos através da cultura e ajuda a sair da rotina. “Quando eu avisei aos meninos que teríamos essa festinha junina, eles ficam muito ansiosos. Alguns, inclusive, não queriam dormir pensando nas comidas, brincadeiras e músicas. Essa ação mostra o quanto temos coisas boas em nossa cultura e que é possível sair da rotina do dia a dia e fortalecer os nossos vínculos através da cultura popular”, observa.

Abrigo Sorriso

Uma unidade da Secretaria Municipal da Assistência Social, o Abrigo Sorriso tem um trabalho importante, em Aracaju, de acolhimento de crianças e adolescentes que foram abandonados ou sofreram algum tipo de violação dos seus direitos, que ocasionou na fragilização ou rompimento dos vínculos familiares ou comunitários.

Com capacidade de receber até 20 crianças, atualmente 13 se encontram abrigadas na instituição. “Essas crianças chegam através do Conselho tutelar, que faz o encaminhamento quando há indícios de violação dos direitos dos pequenos ou rompimento ou fragilização dos vínculos entre o pequeno e os responsáveis. Fazemos um trabalho intensivo de reintegração familiar e na impossibilidade dessa reinserção, uma possível colocação em outra família por meio da adoção. É mais ou menos esse trabalho que fazemos aqui, além de levar muito carinho e amor aos nossos acolhidos”, explica o coordenador do Abrigo Sorriso, Baruc Fontes.